Feira de Santana ficou mais pobre politicamente na Assembleia Legislativa da Bahia. Em menos de 30 dias perdemos dois deputados estaduais, diga-se de passagem dois oposicionistas combativos, Pastor Tom (PSL) e Targino Machado (DEM).As alegações para as cassações são bem diferentes, porém as decisões dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são parecidas .
No caso referente ao Pastor Tom, a justiça alega que ele não estava filiado a um partido político no período determinado para a disputa eleitoral no ano de 2018, fator preponderante para qualquer cidadão brasileiro que queira disputar um cargo eletivo. Porém Tom alega que estava sim filiado, procurando provar sua inocência , TOM correu, recorreu, brigou judicialmente e não conseguiu provar, perdendo o mandato .
Já Targino Machado (DEM), o mais votado da oposição na Bahia, durante um tempo foi o líder da oposição na AL-BA, pois é um homem experiente politicamente, de posições firmes, bom tribuno, as vezes coerente as vezes não, também teve o seu mandato cassado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público da Bahia, o qual alega que Targino Machado praticou abuso de poder econômico, ou seja, compra de votos, o homem do “falou tá falado”, mantinha uma clínica popular na rua São Salvador, bairro Liberdade, em Feira de Santana onde, segundo ele, atendia gregos e troianos, fazendo o bem sem olhar a quem. Mas a justiça comprovou que os pacientes que eram atendidos por Targino, praticamente eram obrigados a votar nele, pois título eleitoral era o principal documento para o atendimento acontecer, Foi detectado também que a clínica estava funcionado de forma irregular perante as autoridades sanitárias e não possuía o alvará.
Abuso de poder econômico para bom entendedor significa compra de votos; Targino Machado assim como todo político brasileiro, se diz vítima da oposição, orquestração, manobra dos seus adversários, porém ele não conseguiu provar sua inocência e perdeu o cargo no meio do mandato, tendo que pegar seu” boné ir voltar pra casa cabisbaixo", porque por mais que diga que lutou, o bom combate é uma fragorosa derrota para qualquer político ter o mandato cassado por unanimidade e ainda ficar inelegível durante 8.
Mas mesmo se passando dois anos para a justiça tomar essas decisões , podemos dizer que a justiça foi célere nesses dois casos ,porque as vezes um processo como este se arrasta anos e até décadas para sair um veredicto final .
No entanto, para não dizer que não falamos de flores, Feira de Santana perde muito com dois deputados a menos na Assembleia Legislativa. Ficamos mais pobres na política e economicamente porque as emendas parlamentares não virão em dose dupla. Vamos ficar sem esses dois representantes para levantar a voz em favor da nossa Princesa do Sertão.
Nesse momento, só temos que apelar para o único representante, que é o deputado José de Arimateia (PRB), que tem agora a missão de se virar em 3X1 , para representar o nosso município e, já que estamos revivendo os 30 anos da história da política feirense, contada em 30 dias, o que aconteceu em 30 anos , trazendo a memória a política e percebemos que nunca no município tivemos casos semelhante como esse dos dois deputados sendo cassados em um período tão curto.
Esperamos que tal situação sirva de exemplo para os próximos candidatos, sejam eles para pleitear uma vaga na Câmara Municipal ou na Assembleia Legislativa, se atentem e vejam direitinho essa questão da filiação e os favores, pois antes de dar o jeitinhos brasileiro, emitindo as receitas medicas, dando as guias amarelas do SUS, cestas básicas e o transporte de passageiros na famosa “ambulânciaterapia”, verifiquem se realmente houve a filiação correta, evitando assim cassação de mandatos.
Por Luiz Santos
Foto: Montagem Política in Rosa
Mín. 18° Máx. 29°
Mín. 17° Máx. 32°
Tempo limpoMín. 19° Máx. 29°
Chuvas esparsas