“Seu corpo juntinho ao meu, sussurrando em meu ouvido, o meu corpo é todo seu, você é tudo que eu preciso.”
Esse é um trecho da música Mais e Mais, uma composição do sanfoneiro Sandro de Castro, grande sucesso dos anos 2000, através da banda Flor D’ Açucena.
Sandro Targino de Castro, cearense, possui mais de 30 anos de forró, conta que é forrozeiro desde de criança. “Nasci no pé da Serra do Araripe, da minha casa para a casa de Luiz Gonzaga, era 40km. Nasci sob a influência do forró, nasci sobre essa influência da sanfona de Gonzaga”, relata.
Sandro conta que a situação durante a pandemia está sendo bastante difícil e que para se manter tem dado aulas de acordeon e realizado reformas e restaurações de sanfonas. “Eu tenho uma equipe com 18 integrantes, uma banda consolidada e bem conceituada, e dentro do nosso rol de conhecimento musical, estamos tentando sobreviver, até os shows voltarem a funcionar", disse.
O forrozeiro completa que não teve direito a nenhum auxílio do governo, por possuir um rendimento anual maior que R $28 mil . “A grande maioria está sem receber nem um tipo de auxílio do governo. Eu não tive direito a nenhum auxílio, pois não me enquadrei nos critérios de renda. Eu tenho uma equipe grande, temos ônibus, é claro que o rendimento é maior do que o exigido. Os critérios precisam ser revistos para atender essa demanda musical”, reivindica.
Mas, isso não foi motivo para desanimar o Sanfoneiro, que tem feito diversos trabalhos solidários e lives para alegrar os corações das pessoas. E, é com esse objetivo, que Sandro tem visitado diversos hospitais do município.
“Esse ano o trabalho é diferente, é um trabalho solidário. Estamos visitando diversos hospitais públicos e privados de Feira de Santana, levando a sanfona e alegria”, conta.
Essa matéria faz parte da série de entrevistas especias O Silêncio do Forró, do programa Levante a Voz e Conectado News.
Reportagem Luiz Santos e Engledhy Braga
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