O deputado Adolfo Menezes (PSD) foi eleito o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia no último dia (01). Ele o venceu o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), que se candidatou de última hora. Adolfo teve 60 votos contra 1 do psolista.
O presidente da AL-BA conversou com o jornalista Luiz Santos no Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM,nesta quarta-feira (17).
Dentro muitos assuntos falados por ele, houve o destaque para a atual situação da pandemia, que inclusive fez com que os parlamentares passassem a trabalhar de maneira remota.
“Infelizmente quando a gente pensa que vai melhorar, a situação piora. Vimos ontem o governador tomar, claro, a contra gosto, determinar algumas medidas mais restritivas para evitar que a Bahia chegue ao ponto que chegou o estado de Manaus e outros estados”, disse o deputado.
Adolfo elogiou ainda ao enfrentamento da pandemia por parte de Rui e criticou o presidente Bolsonaro.
“O governador preza e acredita na ciência, não no achismo como o nosso presidente da república que acabou deixando o Brasil, para trás no início da vacinação e na quantidade de vacinas”, ressaltou ele.
Por não tem receita própria, a Assembleia necessita de repasses do poder Executivo, e segundo Adolfo, todos os anos precisa de suplementação e os gastos principais são com funcionários.
“A despesa maior das assembleias, é com o pessoal, então, são centenas ou milhares de funcionários que já vem desde muito tempo. Tirando os funcionários dos gabinetes, a maior parte dos gastos são com funcionários concursados, funcionários da casa”, afirmou ele, dizendo também que estão tomando medidas para contenção de gastos, principalmente por causa do enfrentamento à pandemia.
“Estamos cortando onde for possível cortar, estamos tentando reduzir para que não chegue no final do ano e precise pedir muito dinheiro, suplementação ao governador, como ocorre praticamente em todas as administrações em todos os anos”, disse o presidente da Alba.
Para reduzir os gastos, uma alternativa seria a redução do quadro de funcionários, mas segundo ele, não pode acontecer, pelo fato de muitos funcionários serem concursados. A gestão acontece de maneira diferente de como acontece com a contenção dos gastos domésticos, por exemplo.
“O que for possível a gente cortar, vai, mas infelizmente não pode ser comparado com a nossa casa, com a nossa empresa”, destacou ele.
Ainda sobre a decisão de Rui, de instalar um toque de recolher, ele diz que a população está agindo como se não houvesse mais o coronavírus, e a decisão ir mais difícil de seja, é necessária para o momento em toda a Bahia.
“Em primeiro lugar está a vida, infelizmente nesses últimos dias a Bahia, até porque a maior parte da população, principalmente os jovens estão achando que o Covid já acabou, não estão dando mais atenção nem valor as regras, festa atrás de festa, todo mundo junto, sem proteção, sem máscara, resumindo, como se não houvesse o Covid. Então uma decisão muito difícil”, ressaltou Adolfo.
Em 2020 a Assembleia Legislativa da Bahia custou aos baianos cerca de R$ 725 milhões, segundo Adolfo, 85% desse valor corresponde aos gastos com funcionários, principalmente os que possuem estabilidade, como os concursados.
Ouça a entrevista completa com o presidente da AL-BA
Edição de vídeo Ana Meire Dias
Reportagem Luiz Santos e Danilo Abravanel
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