Arnaldo Augusto Pereira foi preso hoje, dia 15, em Mucuri, pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e às Organizações Criminosas Sul (Gaeco-Sul). O ex-auditor-fiscal Arnaldo Augusto Pereira, foi condenado a 18 anos de prisão por participação na chamada “máfia do ISS” da Prefeitura de São Paulo. A prisão foi efetuada pelo Gaeco-Sul com o apoio das Rondas Especiais do Extremo Sul, da Polícia Militar da Bahia (Rondesp Extremo Sul), em atuação conjunta que contou com informações de inteligência fornecidas pelo Grupo Especial de Delitos Econômicos do Ministério Público de São Paulo (Gedec).
A prisão decorreu de trabalho de inteligência e investigação que identificou indícios de que Pereira estava vivendo no município de Mucuri sob identidade possivelmente falsa, após ter forjado a própria morte para tentar escapar ao cumprimento de pena. Documentos e levantamentos juntados ao procedimento apontaram que, embora constasse certidão de óbito com data de 10 de julho de 2025, elementos contraditórios, sustentem a prática de fraude documentária e ocultação de identidade.
Segundo relatório de investigação do Gaeco-Sul, Pereira já havia sido preso em operações anteriores relacionadas a esquemas de corrupção que movimentaram valores expressivos. Consta nos autos que o investigado foi implicado em prisões ocorridas em 2019 e 2021 e condenado em processos que apuraram desvios na ordem de milhões de reais, sendo um dos casos com movimentação superior a R$ 500 milhões. Em 2023, houve nova condenação que resultou em regime de pena diverso do já apurado, e, em julho de 2025, foi juntado aos registros um atestado de óbito cuja veracidade passou a ser contestada pelas equipes de inteligência.
O trabalho de localização envolveu, entre outras medidas, a checagem de endereços indicados — inclusive residências vinculadas à esposa do preso — monitoramento de locais por ele frequentados (como comunidade e paróquia), análise de sinais que indicavam a possível utilização de identidade falsa e o cruzamento de informações com bases policiais estaduais e federais. A operação contou ainda com carta de colaboração e troca de informações com o Gaeco de São Paulo, bem como com as inteligências das Polícias Militares dos Estados envolvidos.
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