Nesta terça-feira (23), a Câmara de Vereadores foi palco de uma manifestação pacífica organizada por pessoas com fibromialgia e outras doenças crônicas e raras. O protesto teve como foco a suspensão do passe livre e a exposição pública dos nomes dos beneficiários.
Entre os participantes estava Luziane Santana, presidente da Associação Feirense de Pessoas com Doença Falciforme, que falou sobre a importância do passe livre para o tratamento contínuo dos pacientes
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“Viemos hoje aqui para fazer uma manifestação pacífica, pedindo o retorno dos nossos passes. Ainda continuamos utilizando, mas fomos surpreendidos com a informação de que tínhamos cinco dias para apresentar defesa e devolver os passes”, explicou Luziane.
Ela destacou que os portadores de doenças como a falciforme dependem de um acompanhamento multidisciplinar diário, o que torna o passe essencial. “A gente participa de um programa de apoio à pessoa com doença falciforme. Fazemos fisioterapia, consultas com psicólogos, nutricionistas e outros especialistas. Precisamos do passe para garantir esse cuidado”, completou.
Segundo Luziane, até o momento não houve contato por parte do poder público com os afetados. A situação foi descoberta de forma informal, quando uma associada tentou renovar seu passe e foi informada da suspensão.“Antes mesmo de sair a portaria oficial, uma associada foi até o Viafácil para renovar seu passe e descobriu que estava suspenso. A partir daí, buscamos apoio da Defensoria Pública. O defensor Maurício nos atendeu e explicou que nossa liminar havia caído devido à revogação da lei que nos amparava. Mas ele já está recorrendo”, informou.
A manifestação contou com a presença de Rosa Costa, presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, que se mostrou indignada com a forma como a suspensão foi conduzida e, principalmente, com a exposição pública dos nomes dos beneficiários.
“Foi muito triste. Essa lei foi uma conquista nossa, com apoio do vereador Pedro Américo. Quando vimos os nomes das pessoas expostos, ficamos ainda mais consternados. Por que expor? Isso é uma violência contra a dignidade dessas pessoas”, desabafou.
Ela afirma que o Conselho já acionou a Defensoria e pretende buscar uma reunião com o gestor municipal para reverter a medida. “O defensor público já está envolvido, e o doutor João também se colocou à disposição. Estamos tentando marcar uma audiência com o prefeito. Acreditamos na sensibilidade dele. É um custo pequeno para um benefício imensurável para quem precisa”, concluiu.
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