Segunda, 18 de Agosto de 2025
(75) 99168-0053
Saúde Depresão

Barulho de trânsito aumenta risco de depressão, aponta estudo

Um novo estudo, liderado pela Universidade de Oulu, na Finlândia

18/08/2025 19h19
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Levi Bianco Gety imagens
Foto Levi Bianco Gety imagens

Um novo estudo, liderado pela Universidade de Oulu, na Finlândia, mostrou que a poluição sonora, especificamente proveniente do barulho de trânsito, pode aumentar o risco de transtornos mentais como depressão e ansiedade. O trabalho foi publicado na edição de novembro da revista Environmental Research.
Os pesquisadores analisaram dados de 114.353 pessoas nascidas na Finlândia entre 1987 e 1998, residentes na região metropolitana de Helsinque em 2007, utilizando informações de registros finlandeses disponíveis. Eles acompanharam os dados dos indivíduos por até dez anos, dos oito aos 21 anos, acompanhando a evolução de sua saúde.
Para determinar a exposição a altos níveis de ruído, os pesquisadores modelaram o ruído médio anual do tráfego rodoviário e ferroviário no endereço residencial dos participantes. Posteriormente, eles cruzaram essas informações com dados sobre diagnóstico de depressão e/ou ansiedade. A partir disso, foi possível construir um panorama sobre a relação entre a exposição a ruídos e a saúde mental das pessoas analisadas pelo estudo.
Em geral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define 53 decibéis (dB) como o nível de segurança recomendado quanto ao ruído do trânsito. O trabalho confirmou que, quando o barulho chegava a esse limite ou o ultrapassava, havia um aumento significativo no risco de desenvolver depressão e ansiedade na população jovem.
"Nossa análise mostrou que o risco de ansiedade é menor quando o ruído do trânsito está em torno de 45 a 50 dB na parte mais silenciosa da residência, mas aumenta significativamente após 53 a 55 dB. Acima de 53 dB, o ruído se torna um estressor psicológico significativo para os jovens, independentemente de dormirem na parte mais silenciosa ou mais barulhenta da residência", afirma Anna Pulakka, autora sênior do estudo.
A associação com ansiedade foi mais forte em homens e indivíduos cujos pais não tinham transtornos de saúde mental.
"Nossas descobertas corroboram ações futuras para reduzir a exposição ao ruído do trânsito. Para formuladores de políticas e planejadores urbanos, isso deve incluir medidas como garantir que os quartos estejam na parte mais silenciosa da casa e garantir que haja espaços verdes nas proximidades. Para o transporte, pneus mais silenciosos ou limites de velocidade reduzidos também devem ser considerados", sugere Yiyan He, principal autor do estudo.

 

Fonte CNN Brasil

 

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.