Os 10 anos desde os primeiros casos de Zika vírus em Feira de Santana estão sendo lembrados com o seminário “Zika: uma Década Depois – Ciência e Vozes que Transformam”, iniciado nesta quarta-feira (13) e que prossegue até quinta-feira (14), na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a UEFS e a Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de refletir sobre os avanços, desafios e perspectivas no enfrentamento à doença. O diretor da Rede Própria, Sebastião Oliveira, representou o secretário de Saúde, Rodrigo Matos, na mesa de abertura.
“Esse é um momento importante para que a Saúde e a UEFS consigam, de forma conjunta, refletir sobre as melhores estratégias que têm funcionado para atender a população. Sabemos que o avanço científico é fundamental para que as ações da gestão sejam embasadas e garantam melhor assistência”, afirmou Sebastião.
O evento reúne, ao longo dos dois dias, profissionais da saúde, pesquisadores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), do Ministério da Saúde, do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Fiocruz, além de familiares de crianças com síndrome congênita do Zika vírus.
Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde, Maricélia Maia lembrou os primeiros casos da Zika no município e ressaltou que cuidados devem ser mantidos, uma vez que o vetor de transmissão é o aeds aegypti.
“A maioria das pessoas foi infectada naquele período e desenvolveu imunidade duradoura. Hoje não temos aumento de casos, apenas registros esporádicos. No entanto, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Zika, também transmite dengue e chikungunya, por isso o controle do vetor continua fundamental”, alertou.
Segundo Maricélia, estudos indicam que o risco atual de uma nova epidemia de Zika é limitado, mas não inexistente. “Vírus podem sofrer mutações, e já há relatos de novas variantes em outros países. Por isso, é essencial manter ações preventivas, como eliminar focos de água parada, para evitar não apenas a Zika, mas também a dengue, que ainda causa grande número de óbitos”, completou.
A enfermeira destacou ainda a assistência prestada pelo município, em 2015, a crianças com síndrome congênita do Zika.
“A epidemia de microcefalia foi uma catástrofe que mobilizou o mundo. É importante não esquecer o que vivemos para que possamos investir em medidas de prevenção e nunca mais passar por situação semelhante, que afetou tantas crianças e famílias”, concluiu.
Coordenadora do evento, Erenilde Cerqueira ressaltou que o seminário nasceu da mobilização de pesquisadores que, há uma década, atuaram no enfrentamento à Zika em Feira.
“A Uefs em parceria com a Secretaria de Saúde tiveram um papel fundamental, produzindo artigos científicos de relevância internacional. Nosso objetivo agora é discutir as lições aprendidas e os desafios futuros que ainda podemos enfrentar em relação à doença”, afirmou.
Também estiveram presentes no seminário a chefe da Divisão de Controle Epidemiológico, Verena Leal, e enfermeiros da Viep.
Fonte Ascom
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