Por Luiz Santos e Hely Beltrão
Quando passamos por um morador em situação de rua nem sequer imaginamos qual a sua história de vida, por que está naquela situação e as dificuldades enfrentadas por ele. O Conectado News percorreu as ruas do Centro de Feira de Santana, conversando com estas pessoas, entre elas, usuárias de drogas e pais de família, que se apoiam mutuamente, tem um cão como companhia, vivem das doações que recebem e da venda de materiais reciclados.
Rafael do Carmo Joaquim
"Acredito muito em Deus. Estou em situação de rua por que uso drogas, aí Deus fala assim: a mãe carrega o filho por 9 meses na barriga e esquece, quem não esquece sou eu. Deus, o criador, que providencio a água, comida e o agasalho. Já tenho 14 anos fumando crack".
Antes das ruas
"Minha vida antes eu fazia “desgraça”, não acreditava em Deus, só coisa ruim na vida. Passei a acreditar em Deus por conta dos livramentos que Ele me deu. Tenho filho, tenho tudo, mas só acredito em Deus".
Tem vontade de sair dessa vida?
"Se eu sair dessa vida, compraria armas para matar muita gente. Vou enganar a Deus?"
Raimundo Vieira da Conceição
Já Raimundo, disse que está na rua e se entregou ao vício das drogas por conta de problemas familiares.
"Convivo aqui, por que sou separado da esposa, tinha uma vida muito difícil com ela, sou dependente químico, comprei uma carroça, convivo aqui com estas pessoas, umas boas, outras ruins, às vezes é difícil, tem briga, discussão, que acontece muitas vezes por conta de drogas, muitas vezes por que um não tem ou que ser mais do que o outro. Tenho um cão de mascote, que anda comigo sempre. Durante o dia pego reciclagem, para prover o alimento, tenho 4 filhos, recebo o auxílio e divido com minhas crianças, tenho um filho de 4, uma de 23 e outra de 26 que mora no Rio de Janeiro".
Tem vontade de sair dessa situação?
"No meu caso não é bem vontade, tem a ver com o pagamento de pensão, vender a casa e dividir com a minha mulher, porém, não estou conseguindo vender a casa, pois não conseguimos morar juntos".
Alimentação
"É suave, sempre aparece doação, muitas pessoas, que sentem no coração e doam comida, roupa, cobertor, sempre alguém “nos abraça”.
Antes
"Eu era pedreiro, carpinteiro, serralheiro, mas, tenho um problema na coluna, hérnia de disco e por isso não tenho como trabalhar, por isso parei e me joguei nas drogas".
Recado
"Temos que procurar o melhor, um centro de recuperação, não faço muita questão por que tenho casa, estou nessa vida por conta de problemas de família, tenho a mente fraca, não conseguimos viver juntos".
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