Feira de Santana pode ganhar nova universidade federal; proposta será apresentada por comissão especial

Feira de Santana caminha para se tornar sede de uma nova universidade federal. A proposta está sendo conduzida por uma comissão especial formada por representantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), sociedade civil e setores estratégicos da região. O professor Jacson Machado, do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS/UFRB), explicou os detalhes do projeto durante entrevista ao programa Levante a Voz, da Rádio Sociedade News 102.1 FM, nesta quarta-feira (3).

Segundo Jacson, a ideia é transformar a experiência consolidada do campus CETENS — que há 13 anos atua em Feira com mais de 15 cursos de graduação e pós-graduação — em uma instituição autônoma e com sede própria. “Somos reconhecidos pelo MEC como um campus de excelência. Já transformamos a vida de mais de 20 mil famílias nos últimos 20 anos. Mas esse potencial de expansão só se concretiza com mais investimento federal na educação”, afirmou.

A comissão responsável pela proposta foi criada por meio da ordem de serviço nº 54 e reúne representantes de áreas como saúde, educação, setor produtivo, movimentos sociais e instituições acadêmicas. A primeira reunião está marcada para a próxima sexta-feira (5), quando os membros irão alinhar propostas e estabelecer diretrizes.

“A comissão vai construir e refinar um projeto robusto de conselho universitário, ouvindo todos os setores estratégicos da região: engenharia, tecnologias sociais, produção de alimentos, inovação, saúde e outros”, explicou o professor. A proposta prevê também a realização de audiências públicas e sessões em instituições como a Câmara Municipal de Feira, o Consórcio Portal do Sertão e a Assembleia Legislativa da Bahia.

Projeto é estruturante para a região

De acordo com Jacson Machado, a criação da nova universidade é considerada um projeto estruturante, com impactos diretos na geração de emprego e renda. “A cada R$ 1 milhão investido em educação, estima-se a geração de até R$ 3 milhões em empregos e R$ 12 milhões em renda. É uma proposta de desenvolvimento regional, que busca reter talentos locais e criar um ecossistema fértil de inovação e pertencimento”.

A proposta já conta com apoios políticos e institucionais importantes. Entre os nomes citados por Jackson estão o prefeito José Ronaldo, o deputado federal Zé Neto, o Consórcio Portal do Sertão, o Instituto Pensar Feira, o INED, a OAB, a Câmara de Vereadores, a Associação Comercial e entidades sociais como o Rotary.

“O sucesso desse projeto depende da união de lideranças e da mobilização da sociedade. Estamos falando de um movimento coletivo que pode posicionar Feira de Santana como um novo polo de educação superior no país”, destacou o professor.

A comissão seguirá promovendo diálogos e ampliando a rede de apoio para consolidar a proposta, que será entregue ao governo federal nas próximas etapas do processo.

Com informações: Onildo Rodrigues 

Por: Mayara Nailanne