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Feira de Santana Zona Azul em Feira

Zona Azul em Feira de Santana: solução para o trânsito ou mais um desafio?

Ricardo reconhece que a Zona Azul não é uma solução mágica para todos os problemas de mobilidade urbana, mas defende seu papel como ferramenta eficaz na organização do espaço urbano

18/10/2025 10h54
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Muito se tem discutido, há bastante tempo, sobre a implantação e os impactos da Zona Azul em Feira de Santana. Para entender melhor o assunto, conversamos com Ricardo da Cunha, Superintendente de Trânsito do município, que esclareceu pontos importantes sobre o sistema e sua real contribuição para o trânsito local.

Segundo Ricardo, a Zona Azul é um modelo consagrado em diversas cidades do Brasil e do mundo, sendo comprovadamente eficaz na gestão do uso do espaço público para estacionamento. "Ela dispensa comentários. É claro que ajuda", afirmou o superintendente.

Rotatividade: o principal benefício

A principal função da Zona Azul, segundo ele, é a promoção da rotatividade das vagas. "Você sai de um cenário onde as pessoas deixam o carro o dia inteiro parado no mesmo lugar, e passa a ter um sistema onde o tempo de permanência é controlado. Isso permite que mais pessoas utilizem o mesmo espaço ao longo do dia", explicou.

Ricardo também destacou que esse fator tem impacto direto na fluidez do trânsito, especialmente nos horários de pico. "Não é que o estacionamento em si interfira diretamente na fluidez, mas sim a falta de vagas. Quando o motorista sabe que será difícil encontrar onde parar, ele tende a ficar mais tempo circulando na via, procurando vaga. A Zona Azul reduz isso."

Sobre a atual situação do projeto em Feira de Santana, o superintendente foi claro: "Hoje, todo o processo está sob responsabilidade direta da administração municipal. A implantação e as discussões estão sendo conduzidas pela Prefeitura. Qualquer tipo de comentário mais específico deve ser direcionado ao prefeito, que é quem está à frente desse controle."

Ricardo reconhece que a Zona Azul não é uma solução mágica para todos os problemas de mobilidade urbana, mas defende seu papel como ferramenta eficaz na organização do espaço urbano. "A ideia não é dificultar a vida de ninguém, mas organizar melhor o uso das vagas públicas e garantir que mais pessoas tenham acesso a elas ao longo do dia."

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