O futuro incerto do PL em Feira de Santana

Por Redação

Após o intenso esforço eleitoral de 2024, os candidatos que integraram a chapa do Partido Liberal (PL) em Feira de Santana se veem, agora, em um cenário de esquecimento e desilusão. Dos 22 nomes que se colocaram à disposição da população feirense para representar o partido, apenas dois lograram êxito nas urnas. Alguns poucos ocupam cargos na administração municipal, enquanto a maioria segue sem qualquer respaldo ou reconhecimento político.

O sentimento é ainda mais crítico entre as mulheres que compuseram a chapa. Muitas delas, que aceitaram o desafio de representar o PL com a esperança de participação ativa na política e de fortalecer a presença feminina no cenário local, hoje se dizem abandonadas, sem apoio, sem comunicação e sem sequer um retorno institucional.

“Fomos lembradas durante a campanha, convocadas para levantar bandeiras, bater de porta em porta e defender um projeto que agora nos ignora”, relatou uma das candidatas, que preferiu não se identificar. Segundo ela, promessas de valorização, formação política e integração ao governo simplesmente desapareceram após o fechamento das urnas.

A ausência de estrutura e de diálogo pós-eleitoral tem gerado um clima de frustração, especialmente entre aqueles que acreditavam que o PL construiria uma base sólida para 2026. “Há uma clara falta de planejamento de continuidade. Parece que o partido só nos viu como números para a legenda e não como lideranças com potencial político, mas 2026 é logo ali, estou esperando baterem na minha porta”, lamentou outro ex-candidato.

Os eleitos seguem atuando na Câmara Municipal, mas pouco se fala em articulação para fortalecer o grupo ou para valorizar aqueles que contribuíram com a votação expressiva da sigla. Analistas políticos apontam que essa falta de coesão pode comprometer o desempenho futuro do partido e desestimular novas candidaturas, especialmente femininas.