Após reunião, manifestantes desocupam a frente da Empresa Rosa e ônibus voltam a circular em Feira de Santana

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

Moradores dos distritos de Matinha e Maria Quitéria realizaram na manhã desta quinta (22), um protesto em frente a garagem da Empresa Rosa, responsável pelas linhas de ônibus que atendem à localidade. Os manifestantes reclamam do serviço, que segundo eles é prestado com ônibus velhos e atraso dos horários.

Os manifestantes bloquearam a frente da garagem da empresa impedindo a saída dos veículos, deixando sem transporte a área Norte da cidade, bairros como Asa Branca, Conceição e Distritos como Tiquaruçu e Maria Quitéria. Os manifestantes exigiram a presença do secretário de Mobilidade Urbana Sérgio Carneiro para liberar a passagem dos ônibus, o que acabou ocorrendo após às 10h.

Ao Conectado News, o secretário comentou sobre as dificuldades de tráfego dos veículos na zona rural, principalmente nos dias de chuva e apesar de entender que é um direito das pessoas se manifestarem, afirmou não concordar com este tipo de manifestação.

"Fomos surpreendidos hoje pela manhã e desde às 4:00h que acompanho, manifestantes já fizeram isso outras vezes, seguraram um ônibus no Candeal, ocuparam a porta da garagem da Rosa, que foram reivindicar a troca de ônibus, essa não é a melhor forma. Em outro protesto, manifestantes  foram recebidos na Semob, inclusive o gerente da Rosa aqui em Feira, Fausto Botelho, estava presente e fizemos uma série de considerações a ele, sobre a questão da zona rural de uma forma geral, em entrevista disse isso, e eles entenderam como se estivesse falando especificamente sobre a localidade deles, alegando que tem demanda, mas, de uma forma geral, as linhas rurais, têm mais quilômetros com uma demanda menor que a zona urbana, os manifestantes alegam que lá tem uma demanda, porém, é uma localidade de estradas difíceis, na verdade, quando o STPAC (Sistema de Transporte Alternativo Complementar) foi implementado, a ideia era exatamente essa, que fosse alternativo e complementar, porque em muitas dessas estradas rurais o ônibus não tem facilidade de acesso, algumas estradas são estreitas, os ônibus ficam todos arranhados, destroem o quebra-mola, eles falaram sobre o atraso, dias atrás estava chovendo, todos sabem que quando chove, não só na zona rural, mas na cidade também, o trânsito fica lento, o motorista dirige mais devagar, com atenção, é óbvio que ocorrerá atraso em todas as linhas, não só na localidade, ou seja, são situações que conversando tentamos ajustar, entendendo que a frota é a mesma para a cidade toda, se tirar um ônibus de um lugar para colocar em outro você, cobre-se um santo e descobre o outro, a característica de determinados ônibus da frota não se prestam para estradas rurais, em Salvador por exemplo, não existe esse problema, não há mais estradas rurais, mas, em Feira de Santana, ainda temos distritos que são atendidos pelo transporte em estradas rurais, ou seja, é todo um processo de convencimento e entendimento, onde é preciso consciência, mas, conseguimos encaminhar um acordo com o pessoal, chegamos a um entendimento para a liberação, os ônibus voltam às ruas, com todo o prejuízo causado aos trabalhadores, que precisavam chegar no horário no trabalho, estudantes, por isso, pedimos desculpas pelos transtornos causados por essas pessoas que estão exercendo seu direito de se manifestar. Entendo que essa não é a melhor forma de manifestação, quando causa prejuízo à cidade inteira, sobretudo aos trabalhadores e usuários do transporte. Se a reunião que tivemos anteriormente não teve resultado, seria melhor insistir, pontuar, registrar, descrever, procurar a imprensa, mas discordo desse tipo de ação que prejudica os demais usuários", concluiu