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Feira de Santana quilo do frango

Preço do quilo do frango poderá baixar diz presidente da associação de criadores na Bahia

Apesar de focos da doença no Sul do país, produção na Bahia segue normal, sem riscos de contaminação para o consumidor

21/05/2025 15h01 Atualizada há 2 meses
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
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A possibilidade de queda no preço do quilo do frango começa a ser considerada por produtores na Bahia, mesmo sem registros da gripe aviária no estado. A avaliação é de Euclides Artur Andrade, presidente da Associação de Integrados em Agricultura do Estado da Bahia (AIAVE), que participou do Programa Levante a Voz, na rádio Sociedade News FM, com o jornalista Luiz Santos. Segundo ele, o aumento da oferta de frango no mercado interno pode provocar uma redução nos preços, ainda que a cadeia produtiva baiana continue operando normalmente.

"Quando a oferta é maior que a procura, é evidente que o preço vai baixar um pouco. Isso poderá acontecer ou não, mas é um cenário possível, especialmente se houver bloqueios prolongados das exportações brasileiras", explicou.

A preocupação com a gripe aviária aumentou após a confirmação de dois focos da doença nos municípios de Montenegro e Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul, em 2025. O Ministério da Agricultura e os órgãos estaduais já estão atuando para conter o avanço do vírus H5N1, altamente contagioso entre aves.

Artur ressaltou que, apesar do cenário nacional, não há motivo para pânico na Bahia. “Até 2023 não houve registro da doença em aviários comerciais. Esses casos recentes estão restritos ao Sul do país, e aqui na Bahia a produção segue sem alterações. As aves que consumimos passam por cozimento ou fritura, o que elimina qualquer risco de contaminação para humanos”, pontuou.

O presidente da AIAVE ainda reforçou que a presença da gripe aviária no Brasil se dá por aves migratórias. “Essas aves vêm do hemisfério norte em busca de alimentos e locais com água potável. No nosso estado, elas costumam se concentrar em regiões como Mangue Seco, onde há o encontro do rio Real com o mar”, explicou.

Mesmo com a produção baiana voltada majoritariamente para o mercado interno, Artur lembra que o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. “A cada 10 frangos consumidos no mundo, 3 são do Brasil. Se a China, que é nosso maior comprador, mantém o bloqueio, esse excedente pode ser direcionado ao mercado interno, pressionando os preços para baixo”, afirmou.

Atualmente, a Bahia produz mais de 16 milhões de frangos por mês, com grande concentração em Feira de Santana e região. O foco da AIAVE, no entanto, está voltado para o frango de corte, que abastece as grandes indústrias alimentícias. Sobre a produção de ovos, Artur explicou que os dados não são contabilizados diretamente pela associação.

“Seguimos firmes, com estrutura, tecnologia e ambiência adequada para garantir um frango de qualidade às famílias baianas, do Brasil e do mundo”, concluiu.

Com informações: Luiz Santos

Por: Mayara Nailanne

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