Por Hely Beltrão
O influenciador Iuri Santos Abraão, conhecido nas redes sociais como Iuri Sheik, foi absolvido por decisão unânime do tribunal do júri, do crime de homicídio contra o seu ex-sócio William Oliveira, ocorrido em junho de 2019, em Santo Antônio de Jesus, a 111 km de Feira de Santana. O julgamento, realizado na terça (20), teve mais de 10 horas de duração.
Ao repórter Itajay Pedra Branca Jr., os advogados de defesa de Iuri, Victor Valente e Felipe Cruz, disseram que o seu cliente atuou em legítima defesa e que a arma era da vítima, não do seu cliente.
"Hoje conseguimos demonstrar que Iuri, além de tudo, é um ser humano como qualquer outra pessoa, teve um momento de medo, buscando apenas se defender, e nesta terça (20), na presença do Conselho de Sentença, a justiça foi feita, tínhamos certeza que ele seria absolvido. Foi vital a demonstração da verdade dos fatos, a todo o momento explicávamos para a mídia que a verdade dos fatos seria trazida ao plenário do tribunal do júri, Conselho de Sentença e a sociedade, hoje a verdade foi esclarecida, meu cliente foi absolvido, utilizando como tese a legítima defesa, onde Iuri, em uma situação de medo, vinha sendo agredido, perseguido, somente se defendeu e o Conselho de Sentença entendeu dessa forma".
Atuação da acusação
"A acusação se restringiu a tentar destruir a imagem do Iuri, eles tiveram a oportunidade de explanar os fatos, mas desperdiçaram, mas a defesa se ateve aos fatos, ao que realmente aconteceu, venho dizendo há mais de 6 anos, que a verdade iria aparecer".
Ainda segundo os advogados, a condição social de Iuri, não influenciou na decisão do júri.
"Não acredito que isso tenha influenciado na decisão,acredito que a verdade apareceu, a pessoa que morreu, infelizmente, causou a situação, isso foi o entendimento do júri popular, a mídia nos perseguiu, pedindo para falar, massacraram meu cliente, mas eu dizia a todo o momento que a verdade iria aparecer, Iuri foi absolvido".
Como tudo aconteceu, segundo a defesa
"Meu cliente se defendeu, foi uma legítima defesa real, foi ele que puxou o gatilho, mas a arma era de propriedade da vítima, isso foi provado no julgamento.
Promotor Público, Dr. Luiz Eduardo (Acusação)
A acusação prometeu recorrer da sentença.
"A decisão do júri é contrária à prova dos autos, vamos recorrer, já apresentamos o recurso em Ata, temos quatro testemunhas selecionadas pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) que viram o momento em que Iuri atirou duas vezes contra o William, a defesa por outro lado, não a mostrou nenhuma testemunha que comprovasse a tese de legítima defesa, no direito, quem deve comprovar essa tese é quem foi acusado, nem a esposa do Iuri defendeu essa versão".
Segundo o promotor, a tese encampada pela defesa, de que Iuri tomou a arma do empresário, não se sustenta.
"William não estava armado, ele era um indivíduo alto e muito forte, não teria nem como o Iuri tomar a arma para atirar contra ele, Iuri mudou de diversão três vezes, em uma delas na primeira fase do julgamento, disse que trocou socos com William, porém, esse fato foi desmentido porque há um laudo nos autos feito no próprio Iuri que ele não apresenta nenhuma lesão no corpo, por isso a defesa mudou novamente a versão, trazendo a tese que o Iuri com muita velocidade e habilidade teria conseguido sacar a arma que estava em posse do William. No julgamento, trouxemos quatro testemunhas que viram a conduta criminosa e narraram que Iuri realmente executou William, mas, o corpo de jurados entendeu pela absolvição e por isso, vamos recorrer".
Mín. 20° Máx. 28°
Mín. 20° Máx. 29°
Chuvas esparsasMín. 19° Máx. 27°
Chuvas esparsas