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Feira de Santana Casa do Trabalhador

Feira de Santana tem saldo positivo na geração de empregos e expectativa de mais oportunidades com novas empresas

Além disso, outro supermercado deve ser inaugurado ainda este ano, o que mantém uma perspectiva positiva de geração de empregos na cidade

12/05/2025 12h48
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O mês de maio começou com uma alta oferta de empregos em Feira de Santana, impulsionada por novos empreendimentos que estão se instalando na cidade. Segundo o diretor da Casa do Trabalhador, Magno Felzemburg, só na semana passada foram disponibilizadas 400 vagas em um único dia, com destaque para a chegada da rede de supermercados Mix Mateus, cuja inauguração está prevista para junho.

“Temos vagas na indústria, na construção civil e, agora, com a chegada de novos supermercados, como a Rede Mateus, reabrimos o processo seletivo para o cargo de gerente. Ainda nesta ou na próxima semana, vamos divulgar 77 novas vagas para um restaurante internacional que será inaugurado no shopping da cidade. É um nome aguardado há muito tempo pela população”, revelou Felzemburg.

Além disso, outro supermercado deve ser inaugurado ainda este ano, o que mantém uma perspectiva positiva de geração de empregos na cidade. No entanto, o diretor destaca que os recursos federais para a nova sede da Casa do Trabalhador e para programas de qualificação profissional ainda aguardam liberação por parte do Governo Federal.

Apesar das oportunidades, Dr. Magno chama atenção para um fenômeno preocupante: o número de vagas que permanecem em aberto por falta de profissionais capacitados ou dispostos a trabalhar. “Não é exatamente uma falta de emprego. A questão é que muitas vezes a vaga exige uma qualificação específica que o candidato não tem. Além disso, há pessoas que têm receio de perder o benefício social ao começar a trabalhar. É preciso um equilíbrio nas políticas públicas para permitir que o trabalhador ingresse no mercado e tenha um período de transição antes de perder o benefício”, explicou.

Segundo ele, há ainda um descompasso entre a formação superior e a oferta de vagas nesse nível. “Temos muitas pessoas formadas, com diploma na mão, mas que não conseguem uma colocação na área. Os concursos públicos são uma opção, mas são altamente concorridos”, acrescentou.

Avaliação do primeiro quadrimestre

Na avaliação do primeiro quadrimestre de 2025, o saldo de empregos em Feira de Santana foi positivo, mas modesto. “Nos últimos dois meses, o comércio apresentou saldo negativo, ou seja, demitiu mais do que contratou. Em março, até a indústria, que normalmente tem saldo positivo, teve um desempenho abaixo do esperado. Ainda assim, o saldo geral da cidade foi positivo, o que significa que contratamos mais do que demitimos, mas com números baixos”, informou.

Outro ponto de preocupação é o aumento no número de pedidos de seguro-desemprego, o que reflete os impactos da crise econômica nacional. Felzemburg também destaca os desafios enfrentados por uma geração que teve sua formação e entrada no mercado de trabalho afetadas pela pandemia.

“Temos uma juventude com dificuldades em aceitar regras e hierarquias, o que se reflete diretamente na adaptação ao ambiente de trabalho. A pandemia criou uma geração com pouca vivência prática, que precisa ser motivada e acolhida para conseguir se inserir de forma produtiva”, analisou.

Apesar dos desafios, o diretor da Casa do Trabalhador demonstra otimismo com relação ao futuro. “Feira de Santana é uma cidade abençoada e vamos superar essas dificuldades. O importante é manter a oferta de vagas e continuar investindo em qualificação para atender às demandas do mercado”, concluiu.

Por: Mayara Nailanne

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