ACM Neto admite erro de não ter José Ronaldo como vice em 2022;

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

O ex-governador, ministro e senador Antônio Carlos Magalhães, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães Júnior e o filho, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, foram homenageados pela Câmara Municipal de Feira de Santana, na noite da quinta (8), com os títulos de cidadão feirense e comenda Maria Quitéria. As honrarias foram aprovadas em legislaturas anteriores

Falecido, o primeiro dos ACM’s foi representado pelo neto, para a entrega do título de cidadania feirense concedido pela Câmara através de Projeto de Decreto Legislativo do então vereador, ex-presidente da Casa, Everton Cerqueira. O ex-senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (ACM Júnior) também recebeu do Legislativo o título de cidadão feirense, proposto pelo ex-presidente da Câmara, vereador Ribeiro (já falecido).

Atual vice-presidente do União Progressista no Brasil, ACM Neto recebeu dupla homenagem, sendo a concessão da Cidadania Feirense proposta pelo então vereador José de Arimateia, hoje deputado estadual, e a Comenda Maria Quitéria, de autoria do ex-presidente do Legislativo, o vereador Ronny, que morreu anos atrás, ainda muito jovem.

Ao Conectado News, ACM Neto agradeceu a homenagem e disse que isso só aumenta o seu compromisso de trabalhar por Feira de Santana.

"De um lado gratidão, do outro compromisso, gratidão a Feira por tudo que já me deu na minha vida pública e agora é claro pela concessão do título e da Comenda e compromisso com o futuro, porque aumenta ainda mais a minha responsabilidade de trabalhar pelo município e pela Bahia, saio com o que aconteceu na noite de hoje guardado no meu coração e levarei na minha memória para sempre, espero ter a oportunidade de retribuir a Feira e seu povo".

Possível candidatura à presidência da República

"Definitivamente não, meu projeto está aqui na Bahia, quero contribuir para uma mudança no Brasil a partir do nosso estado, temos um desafio enorme para quem faz oposição ao PT em 2026, que é viabilizar uma candidatura seja a presidente ou governador competitiva e hábil, a Bahia é o quarto maior colégio eleitoral do Brasil e vai ter um papel fundamental nessa história toda, penso que o meu lugar e a contribuição que posso dar é aqui, se for da vontade do povo baiano, estamos prontos para eventualmente disputar mais uma vez o governo do Estado".

Perdendo apoios e acusação de cooptação por parte do governador Jerônimo Rodrigues (PT)

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"Impressionante como certos setores da imprensa, que estão à serviço do governo do Estado, conectados por interesses financeiros, disseminam mentiras e espalham inverdades, primeiro, não estive em Itabuna em nenhum momento após a eleição, fui no período eleitoral, recentemente fui na região mas não fui em Itabuna, segundo, não é verdade que tenha ligado para nenhum ex-aliado e não tenha sido atendido 20 vezes, assim como muitos prefeitos dialogam com o governador e tem que fazer, estão certos, fui prefeito por 8 anos e todas as vezes que foi preciso conversei com os governadores que eram meus adversários políticos, como Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT), nem por isso deixei de procurá-los, de repente o prefeito vai lá, trata da pauta da cidade, o pessoal do governo do Estado já diz que é adesão, mas é tudo na hora certa, Os cabelos brancos que ganhei nessa trajetória me fizeram aprender muita coisa, ter paciência e saber o tempo certo das coisas e se ano que vem o povo disser que quer mudar, não adianta tentativa de cooptação, dinheiro do governo do Estado, ameaça em cima de ninguém, o povo querendo mudar muda e o bom e a beleza da Democracia é isso, é que a vontade do povo se expressa nas urnas de maneira soberana".

Aproximação de José Ronaldo com o governador

"Fui prefeito oito anos, governei Salvador com dois governadores do PT, Jaques Wagner e Rui Costa, com Wagner resolvi o problema do metrô, porque a prefeitura quis e abriu o diálogo, com Rui Costa ajudei a enfrentar aquele momento mais duro da pandemia do combate a Covid 19, porque coloquei o interesse das pessoas acima das brigas políticas, a disputa política acontece de maneira legítima na eleição, depois, desmonta-se o palanque e vai trabalhar. Ronaldo não foi eleito para trabalhar só para quem votou nele, mas por toda a população, se há uma coisa que considero absolutamente legítimo é que exista diálogo entre o governos estadual, municipal e federal, ficamos na torcida para que o PT faça por Feira em dois anos, o que não fez em quase 20, o que não acredito que vá acontecer".

Foi um erro não escolher José Ronaldo como vice em 2022?

"Em relação a 2022, José Ronaldo era o vice que eu desejava ter e trabalhei até o último minuto para que pudesse ser o vice ao meu lado, não tenho dúvida que era o melhor nome, entretanto, naquela reta final, a conjuntura política de articulação com os partidos não permitiu que isso acontecesse, sou um tipo de pessoa que não gosta de ser engenheiro de obra pronta ou padre de missa realizada, é fácil você enxergar, comentar e avaliar. Se eu faria diferente? Sem dúvida, e pretendo fazer, por exemplo, não dá para deixar de última hora o anúncio da chapa, temos que tentar antecipar essas decisões, se depender de mim, sendo eu ou não o candidato, viraremos o ano com um desenho pronto para entre março e abril termos um anúncio de quem será o candidato a governador, vice e os dois senadores, o que não aconteceu em 2022, é um aprendizado, vamos corrigindo os rumos, procurando fazer melhor, a vida é assim. Porém, não olho para trás e desmereça o passado ou mesmo a Ana Coelho, que foi naquele momento a candidata a vice ao meu lado, penso que houve aquela circunstância da eleição e cada uma tem o seu momento".

Candidatos ao Senado, Ângelo Coronel  (PSD) e João Roma (PL)

"Poderíamos ter tudo nesse momento ou talvez nada, é cedo para falar são dois nomes que terão de ser considerados no processo de uma maneira muito séria, porque senador da República faz um trabalho importante no Congresso Nacional e pretende disputar a reeleição no caso de Coronel, João Roma que é o presidente do PL na Bahia, um dos maiores partidos do Brasil e que está em nosso campo político da centro direita, penso que temos de vir unificados, de preferência com a candidatura só a governador e consequentemente isso passa por negociações e posturas políticas, que ainda não acontecerão nesse momento, que é de diálogo, abertura, avaliação do cenário para que possamos tomar uma decisão mais adiante, na minha cabeça isso tudo vai começar a se desenhar mais claramente na virada do ano".

PL da Anistia aos golpistas de 8 de janeiro 2023

"Cabe ao Congresso discutir, mas não sou a favor da disputa entre os poderes".