Moradores da Rua União da Vitória, no Bairro Santo Antônio dos Prazeres, em Feira de Santana, estão em alerta devido à sequência de tremores de terra registrados na última semana, que se repetiram nesta segunda-feira (07). O fenômeno tem gerado grande preocupação na comunidade local, o que motivou o portal Conectado News a buscar esclarecimentos com o Professor Carlos Cesar Uchoa de Lima, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Professor Pleno da instituição, Uxoa é especialista em neotectônica e leciona no curso de Engenharia Civil, onde também desenvolve projetos de pesquisa sobre movimentos sísmicos e fenômenos geológicos.
Em entrevista, o professor informou que, até o momento, ainda não há dados confirmados sobre os tremores registrados na cidade. "Conversei com o meu amigo Eduardo, do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Ele ainda não tem informações sobre qualquer tremor ocorrido em Feira de Santana no dia de ontem. No entanto, ele se comprometeu a visitar em breve a estação sismográfica em Amargosa -Ba, localizado na região do Vale do Jiquiriçá, e, se algum evento mais forte tiver ocorrido, certamente será registrado lá. Assim que tivermos os dados, poderemos repassá-los", explicou o especialista.
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O professor aproveitou a oportunidade para tranquilizar os moradores, muitos dos quais estão temerosos com a possibilidade de novos tremores mais fortes. "É natural que as pessoas fiquem assustadas, mas é importante destacar que é muito pouco provável que um evento de maior magnitude ocorra nessa região. Feira de Santana está localizada em uma área geologicamente estável e, historicamente, não temos registros de sismos de grande magnitude", afirmou.
Carlos Uchoa também ressaltou que os tremores observados são de baixa magnitude e não causaram grandes danos. "São tremores pequenos, sem consequências significativas, ao contrário do que ocorreu em Amargosa, em 2020, quando os tremores chegaram a causar rachaduras em paredes, destelhar casas e derrubar mercadorias de prateleiras de supermercados. Em Feira de Santana, não tivemos nada desse tipo de impacto", afirmou.
O professor sugeriu que os tremores podem estar relacionados a atividades em pedreiras próximas ou a falhas geológicas na região. "Embora você tenha mencionado que não há pedreiras próximas, esses tremores podem estar associados a algum evento geológico, como a dissipação de energia em uma falha. Isso ainda precisa ser investigado", explicou.
Apesar de as causas ainda estarem em análise, o professor garantiu que, caso os tremores voltem a ocorrer, serão de baixa magnitude e não representarão perigo significativo para a população. "Se houver novos tremores, eles provavelmente não serão mais fortes do que os que já aconteceram. O maior impacto é o susto, como o barulho de uma janela ou porta tremendo, mas nada grave", afirmou, tranquilizando os moradores da cidade.
Carlos Uchoa finalizou a entrevista destacando que, embora os tremores possam ser assustadores, não há razão para pânico. "A população pode ficar tranquila, pois não há risco de grandes eventos sísmicos na região. Estamos acompanhando a situação e, se houver novos tremores, continuaremos a informar a comunidade", concluiu.
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