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Feira de Santana Mulher

“Vítimas estão sendo atendidas no mesmo local que os agressores”, diz integrante do Movimento de Mulheres sobre mudança de local do CRMQ

Feira de Santana

24/03/2025 14h24 Atualizada há 5 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Luiz Santos
Luiz Santos

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

A líder feminista Maria de Fátima Souza, integrante do Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da Cidadania (MOMDEC), denunciou, no Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, o descaso com que a Prefeitura Municipal de Feira de Santana tem tratado as mulheres vítimas de violência no município.

De acordo com ela, a mudança de local do CRMQ (Centro de Referência Maria Quitéria), que presta apoio às mulheres vítimas de violência, da Rua Barão do Rio Branco, para a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), na Rua Georgina Erisman, também no Centro da cidade, representa um retrocesso, uma vez que vítimas e agressores são atendidas no mesmo local.

Foto: Izinaldo Barreto

"Nós do movimento de mulheres, que batalhamos para conseguir o Centro de Referência Maria Quitéria, fomos surpreendidas com um retrocesso, saiu do local anterior para a SMPM, mesmo local onde são atendidos os agressores, expondo as mulheres. Queremos que o prefeito José Ronaldo (UB) assuma o seu papel e tome providência urgente, pois nós mulheres e o povo negro somos maioria, estamos na ponta porque somos a maioria do eleitorado".

Desrespeito

"Estive lá na segunda (17), fui atendida, e a resposta que me deram foi que se trata de uma mudança provisória, mas, queremos saber o que levou a situação a ponto, ao invés de ir para um lugar ideal, colocar dentro da SMPM, os móveis estão na frente do local jogados, um desrespeito".

Justificativa

"Me disseram dentro da Secretaria, que saíram de lá por causa de uma fossa que estava cedendo, mas esse argumento não me convenceu, cedeu de uma hora para outra? As mulheres que são atendidas pelo centro também disseram não acreditar nisso, queremos uma resposta, saber o que levou a esse caos, a essa falta de respeito conosco, fomos violentadas pelo poder público municipal que não assumiu o seu papel, queremos uma solução imediata".

Reunião com o prefeito José Ronaldo

"Será dia 9 de abril, às 10h, queremos uma explicação, nos disseram que estão agilizando, mas tinha que fazer isso antes de acontecer o caos que levou ao prejuízo para as mulheres, expor as mulheres no mesmo lugar onde são atendidos agressores".

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