A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações físicas e emocionais, especialmente para as meninas que enfrentam a puberdade. Esse período, caracterizado pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e pela maturação do corpo para a vida adulta, pode trazer diversos desafios para as jovens.
De acordo com a pediatra e hebiatra Cíntia Filomena, a puberdade é um processo natural que ocorre, em média, entre os 9 e 13 anos nas meninas. “Nessa fase, o corpo feminino passa por mudanças significativas, como o desenvolvimento das mamas, o aparecimento de pelos pubianos e axilares, além do início do ciclo menstrual”, explica a especialista.
Essas alterações são desencadeadas por uma complexa interação hormonal, envolvendo principalmente os hormônios estrogênio e progesterona. “Esses hormônios são responsáveis não apenas pelas mudanças físicas, mas também podem influenciar o humor e o comportamento das adolescentes”, ressalta Cíntia.
Impactos emocionais e psicológicos
As mudanças hormonais podem afetar o estado emocional das adolescentes, tornando-as mais suscetíveis a variações de humor, irritabilidade e sentimentos de insegurança. “É comum que as meninas se sintam mais sensíveis e vulneráveis durante a puberdade, o que pode impactar sua autoestima e relações sociais”, observa a hebiatra.
Além disso, a pressão social e os padrões de beleza impostos pela mídia podem intensificar essas inseguranças. “As adolescentes muitas vezes se comparam com modelos irreais, o que pode levar a distúrbios de imagem corporal e até mesmo a transtornos alimentares”, alerta Cíntia.
Puberdade precoce: uma realidade crescente
Um fenômeno que tem chamado a atenção de especialistas é o aumento dos casos de puberdade precoce, quando as mudanças puberais ocorrem antes dos 8 anos nas meninas. “Fatores como a obesidade infantil, exposição a substâncias químicas que interferem no sistema endócrino e até mesmo o estresse podem antecipar o início da puberdade”, explica a médica.
Dados recentes indicam que a idade média da menarca (primeira menstruação) tem diminuído ao longo das décadas. “No século XIX, a menarca ocorria por volta dos 15 anos. Hoje, essa média caiu para entre 12 e 13 anos”, destaca Cíntia.
A importância do acompanhamento médico e familiar
Diante desses desafios, o papel dos pais e dos profissionais de saúde é fundamental. “É essencial que as famílias conversem abertamente sobre as mudanças da puberdade, oferecendo suporte emocional e informações adequadas”, aconselha a hebiatra. “O acompanhamento médico regular também é crucial para monitorar o desenvolvimento físico e identificar precocemente quaisquer alterações que necessitem de intervenção.”
Cíntia Filomena enfatiza ainda a importância de programas educativos nas escolas que abordem a puberdade e a sexualidade de forma responsável. “Educar as adolescentes sobre seu próprio corpo e as mudanças que estão vivenciando é uma forma de empoderá-las e reduzir ansiedades relacionadas a essa fase”, conclui.
Com informação, diálogo aberto e suporte adequado, é possível minimizar os impactos das mudanças hormonais e promover uma adolescência mais saudável e equilibrada para as jovens.
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