A mais tradicional festa nordestina, o São João tem se transformado em um palco de disputas por espaço entre os artistas. A crítica tem sido recorrente: músicos de forró enfrentam dificuldades para se apresentar nas festividades juninas. Essa situação tem gerado insatisfação entre os artistas e levantado debates sobre a preservação da cultura regional.
O cantor Reynaldo Barbosa, é um dos artistas que vêm enfrentando essa exclusão, até mesmo na cidade natal. "A gente tenta mostrar para o público nossa história, nossa carreira, mas todo ano, faltando dias para o São João, os contratantes dizem que não poderei me apresentar porque irão Chiclete com Banana, Leo Santana. E que levem, levem quem quiser, fulano, beltrano, mas que dê valor a prata da casa", desabafa Barbosa.
Essa exclusão, segundo Barbosa, não é um fato isolado, mas um problema recorrente que se repete anualmente, prejudicando a carreira dos músicos de forró. "Já é algo que acontece todos os anos, eu perder espaço para artistas que não são do forró", lamenta o cantor que completou afirmando que várias vezes foi desconvidado para o São João da cidade onde cresceu por que iriam levar outros artistas que não são do forró
O jornalista Luiz Santos, em seu artigo sobre o tema, aponta que essa situação tem sido classificada por alguns artistas como uma forma de apropriação cultural. Eles argumentam que, ao priorizar artistas de outros gêneros musicais, as festividades juninas estão perdendo sua essência e identidade cultural. A questão levanta um debate importante sobre a necessidade de se preservar as tradições e de valorizar os talentos locais, garantindo que a música forrozeira continue sendo a protagonista das celebrações de São João.
Artista como Elba Ramalho já se posicionaram sobre a situação e afirmaram que, o próprio nordeste não vêm valorizando a cultura nordestita, a cultura do São João.
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