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Visando o mercado internacional, ADAB inicia a Campanha Bahia Livre da Aftosa sem Vacinação

ADAB

02/04/2024 15h47 Atualizada há 9 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Luiz Santos
Luiz Santos

Teve início na segunda (1º) e se estenderá até o dia 30 de abril, a Campanha Bahia Livre da Aftosa sem Vacinação. Promovida pela ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia), a campanha visa obter certificados internacionais a fim de exportar os produtos do agronegócio baiano para o mercado internacional.

Em entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, concedida na manhã desta terça (2), Carlos Augusto Espinola, diretor de Defesa Animal da ADAB e o gerente Anael Vilela Oliveira, deram mais detalhes sobre o assunto.

"Fazemos a campanha da vacinação há 56 anos, começamos no município de Itapetinga em fevereiro de 1968, foi a primeira dose de vacina da febre aftosa aplicada, após 56 anos, estaremos livres da vacina, isso é um ganho enorme para os nossos 312 mil produtores com exploração pecuária bovina, uma economia de 100 milhões em vacina, fora a economia indireta de trabalho, manuseio do gado. Essa campanha começou no dia 1º e segue até o dia 30 de abril, é importante frisar que é diferente das anteriores, porque era sempre entre maio e novembro, em outros momentos entre março e setembro. Escolhemos o mês de abril porque estamos pleiteando a certificação internacional que é dada pela Organização Mundial de Saúde Animal  localizada na Europa, para que se tenha essa certificação, é necessário um ano sem vacinação e casos da doença, é motivo sim de comemoração e do apelo que sempre foi feito pelo governo do Estado através da ADAB pela vacinação da febre aftosa, algo bem divulgado, mas conseguimos uma nota 9,3 no Ministério da Agricultura, estamos indo para certificação de febre aftosa sem vacinação, de antemão, agradeço a todos os produtores que sempre abraçaram a campanha de vacina, sempre tivemos nota acima de 90%, pré-conizada pelo Ministério da Agricultura, independente de várias intempéries, a Bahia é um estado grande, com características bem diferentes, trabalhamos com 27 gerências territoriais, com 27 gerentes administrativos, na área vegetal e animal, dos produtores, para se ter uma ideia, de 312 mil, temos 47,6% desse total com até 10 bovinos, esses pequenos produtores que merecem nossa atenção especial porque são os grandes heróis, eles que saem da roça e vem comprar a vacina e declara na ADAB, precisamos deles mais uma vez, esta será a última campanha de vacina da febre aftosa, isso é motivo de comemoração, um feito histórico para o Estado da Bahia e produtores envolvidos na cadeia produtiva, porque isso engloba todo o agronegócio, poderemos exportar produtos da Bahia para outros estados, isso gera emprego e renda e isso foi possível na gestão do diretor geral Dr. Paulo Sérgio, que através do nosso governador Jerônimo Rodrigues (PT) equipou a ADAB, que recebeu em 2023, 70 veículos, furgão para educação sanitária, concurso público, que será realizado no dia 2 de junho, a publicação da lei SUSAF, ou seja, várias questões estruturais permitiram que tivéssemos essa nota 9,3 com o Ministério da Agricultura".

Importância da Agricultura Familiar

"Quase 50% dos criadores na Bahia tem até 10 bovinos, 88% tem até 50, a Bahia tem 13 milhões de cabeças de rebanho bovino, o estado tem grandes produtores, mas a maioria são pequenos. Essa nova ADAB é a visão da informação para o pequeno produtor, é isso que trabalhamos hoje, informar, depois é que é aplicada a punição, tirar aquela ideia de que a ADAB vem para aplicar punição, estamos mudando essa visão da Adab, sob a direção de Dr. Paulo Sérgio e apoio do governador Jerônimo".

Segundo Anael Vilela Oliveira, Gerente da Adab, em Feira e região, o rebanho é de mais de 200 mil cabeças de gado.

"Na região de Feira de Santana, temos uma população bovina em média de 272.170 animais, nos 17 municípios que compõem o Portal do Sertão.

Orientar, antes de punir e certificação de produtos do pequeno produtor

"A certificação da Organização Mundial de Saúde Animal não permite a vacinação em maio, temos que matar essa conta e vacinar até o dia 30 e inserir todo o nosso rebanho, será a última vacina, por isso temos que fazer 100% do nosso rebanho, a ideia é essa. Quem não vacinar até a data, estará sujeito às medidas administrativas, R$ 100 reais por cabeça de gado, não queremos que aconteça, por isso nosso divulgação é maciça, estamos a campo, trabalhando, precisamos ter 100% do rebanho vacinado, pois, essa certificação internacional é gigantesca, o agronegócio baiano, a soja, o algodão, as frutas, tudo depende das certificações internacionais, abre vários mercados, o mercado europeu não compra do Brasil pela questão da vacinação contra a febre aftosa, é um marco comercial hoje no mundo, 68 países apenas são livres da febre aftosa sem vacinação, Japão, o mercado europeu não compra carne de quem previne a febre aftosa com vacinação, precisamos agregar valor a nosso produto, temos que gerar mais emprego e renda, mais abatedouros e exportação, isso engloba toda a estrutura do agronegócio baiano, que compõe 27,5% do PIB (Produto Interno Bruto)  do Estado, é um piso considerável, voltada para as certificações que a ADAB participa, tanto na área da defesa animal quanto vegetal. Na área da inspeção, teremos uma grande novidade, que é o SUSAF (Sistema Unificado Estadual de Sanidade da Agroindústria Familiar Artesanal e de Pequeno Porte), que vai favorecer o pequeno produtor, aquele que está no campo fazendo um queijo para vender na feira escondido e leva por causa da fiscalização, passará a ter uma certificação, isso é um marco histórico para o governo do Estado da Bahia, essa certificação vai permitir que a Agricultura Familiar tão pujante no Estado, pega-se o produto que está no campo, o pequeno produtor não tem intermediário, ele pega o produto, certifica através dos consórcios municipais ou através do SIM (Serviço de Inspeção Municipal) e joga no mercado, com isso, os grandes mercados atacadistas não vão comprar mais do sul, obterão um produto com selo SUSAF, que será lançado nos dia 3 e 4 de abril pelo governador do Estado, após lei aprovada em novembro de 2023, isso é um grande marco para o agronegócio ter um laticínio pequeno, um pequeno abatedouro, os produtos da agricultura familiar serão certificados, agregando um grande valor ao município, os prefeitos têm que acompanhar essa nova sistemática da certificação SUSAF", concluiu.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

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