"É necessário correr atrás das enfermeiras para aplicação dos remédios" diz tia de criança ao denunciar mal atendimento no HEC

Após o caso da morte do pequeno Brayan Bastos Barreto, de apenas 1 ano e 3 meses, que faleceu no dia 26 de janeiro no Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana, vários pais passaram a vir a público expor denúncias de mal atendimento no hospital, dando início ao movimento "Não aos 39º", onde vários pais se reuniram na frente da instituição no dia 3 de fevereiro para protestar contra a norma do hospital que visa atender somente pacientes com 39º de febre e abaixo disso, encaminhar para a UPA regional.

Na manhã deste sábado (10), Lidiane Santiago, procurou o Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News, relatando que sua sobrinha de 1 anos e 4 meses, diagnosticada com Anemia Falciforme (é um grupo de distúrbios hereditários em que os glóbulos vermelhos assumem o formato de foice. As células morrem prematuramente, causando uma escassez de glóbulos vermelhos saudáveis (a anemia), e podem obstruir o fluxo sanguíneo, causando dor (crise de dor). Infecções, dores e fadiga são sintomas de anemia falciforme. Os tratamentos incluem medicamentos, transfusões de sangue e, raramente, transplante de medula óssea) não está recebendo tratamento adequado no Hospital da Criança. Lidiane preferiu não expor o nome da criança.

"Minha sobrinha está internada, sem medicamentos, sentindo muita dor, e tem que correr atrás das enfermeiras para trazer um remédio oral, que não está aliviando as dores. Não foi feita nem solicitada a transfusão de sangue, fizeram ultrassom, raio X, a barriga da criança estava cheia de fezes, fizeram uma lavagem, mas a barriga continuou inchada e a criança continua com dor, não consegue nem dormir e a criança sofre desde segunda". 

Aguardamos um posicionamento da instituição.

Reportagem: Hely Beltrão