"Entra e sai governo, mas o INSS só piora", diz segurado que tenta receber benefício após acidente de trabalho

Entra e sai governo e os casos de pessoas com dificuldade em receber o benefício do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), mesmo aquelas que contribuíram por anos continuam numerosos. O segurado Joseilton Ferreira Pereira, procurou o Conectado News para denunciar que já tem mais de 14 dias, após várias remarcações, que tenta receber o benefício após acidente de trabalho, ocorrido em junho deste ano, mas so ouve negativas do órgão.

"Comigo acontece com a maioria dos brasileiros, que dão entrada no INSS em busca de algum benefício e acaba traumatizado e revoltado com o processo. Tive um acidente no dia 26 de junho, perícia marcada para o dia 13 de dezembro, não fui considerado apto a receber o benefício, porque segundo o órgão ocorreu uma pendência na documentação, contestei e perguntei quais eram os documentos, eles passaram, enviei para o meu advogado Dr. Jerônimo, que escaneou esses documentos e enviou para o INSS. Após isso, começaram os prazos, 5 dias, 72 horas, já se passaram 14 dias e nada de resposta. Na quarta (27), e fiquei  traumatizado, porque você pergunta ao atendente qual é a situação do seu benefício, que responde que está em análise e não responde quando vai terminar, essa análise pode terminar amanhã, ano que vem ou um ano depois, até o momento, dinheiro que é bom, nada, se não tivesse amigos e o sindicato, que não me deixou na mão, estaria passando dificuldades como muitos, não é difícil encontrar pessoas que estão passando necessidade porque o benefício não saiu, chegam alguns trabalhadores no sindicato nessa mesma situação que eu me encontro hoje. Disseram que não poderia passar o nome do gerente, não sei se é homem ou mulher, na agência da Avenida Getúlio Vargas, disseram que o gerente não falava com o assegurado. Respondi, que empresa privada você entende quando o dono não quer revelar o nome, mas, empresa pública você contribui. Meu patrão me perguntou se o seguro desemprego foi concedido, disse que não, mas, segundo ele, chegou a cobrança do encargo do INSS referente ao décimo terceiro. A imprensa poderia fazer um debate, sobre o que mudou no INSS de um governo para o outro? Para mim nada, só piorou, porque antes você tinha alguns gerentes que lhe atendiam numa boa. É curioso, como cargos de gerente, que são indicações políticas, mudou o governo, mudam as pessoas, sabemos quem é o deputado que indica para esses cargos de superintendente da Caixa Econômica, gerente do INSS, superintendente da Embasa, manda na cidade e não tem a coragem de depois cobrar", disse.

Realizamos contato com a gerência regional responsável por Feira de Santana, mas até o fechamento desta reportagem não fomos atendidos.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão