O casal de educadores Tecla Mello e Josué Mello receberam na noite de quarta (27) em sessão solene da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, o título de cidadão feirense e a comenda Maria Quitéria, maior honraria do Legislativo feirense, que foi proposta pelo vereador Lulinha (UB). Josué Mello foi candidato à prefeito de Feira de Santana em 1996, perdendo a disputa para o então prefeito José Falcão da Silva e idealizador de projetos de grande alcance social, a exemplo do Serviço de Integração de Migrantes (SIM) e da Universidade Popular, esta, criada em parceria com o sociólogo Ildes Ferreira
Estiveram presentes na solenidade o secretário de Transportes e Trânsiro Sérgio Carneiro (representando o ex-governador João Durval); e Anaci Paim, o ex-vereador Justiniano França (representando o ex-prefeito José Ronaldo), Claudefranklin Monteiro (professor da Universidade Federal de Sergipe, que escreve a biografia de Josué) e sua colega Patrícia Monteiro; Jacson Machado Nunes, diretor do CETENS/UFRB; professor César Oliveira, da UEFS; professores Marcly Amorim Pizzani e Cristiano Lobo, representando a Unex (ex-FTC); Adauto Franco, vice-presidente do Instituto de Educação e Desenvolvimento (INED); ex-prefeito José Raimundo Azevedo, vice-presidente da Academia de Educação; ex-vice-prefeitos Luciano Ribeiro e Paulo Aquino; professora Ana Rita Neves, ex-secretária de Educação; médico Alberto Manoel; ex-vereador Roberto Tourinho e o vereador Petrônio Lima.
Em seu discurso após receber a honraria, Josué comentou a cerca de três sonhos que tem para Feira de Santana, um deles, é a construção de uma universidade federal no município, o qual segundo ele, caso se concretize, doará o terreno de sua instituição para a concretização do seu sonho.
"Alguns sonhos foram realizados, outros ficaram na incubadeira, ou como dizem os jovens, na nuvem, e devo compartilhar com vocês, ao menos três desses sonhos, cujas ideias uma vez implementadas consolidariam o desenvolvimento da cidade no cenário regional, nacional e mundial.
Entendo que Feira de Santana dispõe de potencialidade e das condições fundamentais para integrar-se ao elenco de cidade educadora, associando-se ao movimento internacional de cidades educadoras com sede em Barcelona na Espanha, como quase 500 no mundo e 31 no Brasil já o fizeram, assumindo compromisso de oferecer aos habitantes, formação sobre os valores e práticas da cidadania democrática, compartilhar conhecimento, experiências e sucesso e refletir sobre os destinos que se impõem para a vida humana em nosso município, além de inserir Feira no cenário mundial e contribuir para a melhoria da qualidade da educação, isso capacita o município a capitar recursos a fundo perdido da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação) e outras agências que se preocupam com a educação no mundo. Porque não fazer de Feira de Santana a primeira cidade do Norte Nordeste a se tornar cidade educadora?
Integrou o projeto de desenvolvimento sustentável que apresentamos na campanha política de 1996, a construção de um grande centro cultural em São José, no distrito de Maria Quitéria, tendo como motivação, a ampliação do São João da localidade, a exemplo do que ocorre em Campina Grande – PB, que segundo a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), 18% do seu PIB (Produto Interno Bruto) é oriundo das festas culturais, ou seja, cultura dá lucro, resultado econômico. O projeto que anuncio é urbano, cultural e econômico, que resultaria na maior conexão da cidade com o seu centro histórico, onde tudo começou. Nossa primeira sede, com abertura de mais duas vias de acesso partindo do Campo Limpo e do Sobradinho, expandindo a cidade para o seu lado oeste, certamente fomentando a construção de fábricas de tecidos, roupas e outras, estimulando turismo, abrindo espaços artísticos para a juventude talentosa de nossa terra e ampliando as condições de emprego e renda para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. Cultura gera economia pensem nisso.
Vejo Feira de Santana como um grande polo educacional, sediando duas universidades públicas, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), através da unidade aqui instalada, além do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e do Centro de Educação Tecnológica da Bahia (CETEB) mais 30 faculdades particulares que participam da democratização do ensino superior, bem como de seus colégios públicos e privados, que servem à cidade e a macrorregião. Entendo, porém, que as potencialidades do município são tantas, que essas instituições já não conta das demandas da juventude e dos desafios dos novos tempos. Urge pensar numa universidade federal em Feira de Santana, uma universidade pós pandêmica, projetada para atuar com inovações tecnológicas, na produção do conhecimento científico no semiárido brasileiro, que atue em parceria com a iniciativa privada urbana e rural, para servir à juventude do presente do futuro, a exemplo do que ocorre exitosamente no Vale do Silício nos Estados Unidos da América, a expectativa do Instituto de Educação e Desenvolvimento (INED), sucessor do SIM (Serviço de Integração de Migrantes), que tenho a honra e responsabilidade de presidir, é de que a unidade da UFRB, celebrando este mês 10 anos de funcionamento em Feira de Santana, seja a semente da futura universidade federal em Feira de Santana, como foi previsto na sua instalação em 2013. Caso isso aconteça, o Instituto de Educação está decidido a doar seu campus, já utilizado pela UFRB, situado na Avenida Centenário, região nobre da cidade, na convergência das Avenidas Getúlio Vargas, Noide Cerqueira, Contorno e Centenário, com mais de 50 mil metros quadrados de área e todos os seus prédios e benfeitorias, inclusive o Colégio Professora Tecla Melo, para servir de campus da nova universidade que queremos, a universidade federal na Princesa do Sertão.
Essa doação, está estimada em aproximadamente R$ 200 milhões de reais, e não será apenas uma doação do Instituto de Educação e Desenvolvimento, essa doação passará pelo prefeito do município, essa área foi doada pelo então prefeito João Durval Carneiro com uma cláusula de restrição, que o SIM só pode passar para outra instituição com a anuência do poder público. Sendo assim, essa doação não será propriamente do INED, mas também da Câmara e do município, portanto, o que estamos propondo é que esse campus seja doado pelo município, para se conquistar essa universidade federal em Feira de Santana, na verdade, na verdade, se a UFRB, através do seu centro, é a semente, e o embrião, com oito cursos de graduação, quatro de pós-graduação, mais de mil alunos, o embrião precisa de um útero, o útero é a grande Feira de Santana com sua sede de progresso, seu protagonismo, ter uma universidade aqui, para servir a toda Bahia, principalmente a região semiárida, e por que não dizer ao nordeste brasileiro, se tem útero vai precisar de um berço, e quem é o berço? O berço é justamente o campus que já está montado e em funcionamento, com prédio para biblioteca, prédio especial para trabalho dos professores e pesquisadores, sala de aulas teóricas, laboratórios, áreas de convivência fantásticas que temos hoje e área para construir novos prédios.
Visitei uma universidade nos Estados Unidos com 33 mil alunos numa área bem menor do que essa, uma área propícia e com localização privilegiada para ser o campus dessa universidade. Se tem útero e berço, precisaremos de mãos para embalar, e qual é a mão para embalar esse berço? São as nossas mãos, de prefeito, vereadores, educadores, professores, toda a classe política e empresarial, que juntos, desde que se torne esse sonho se torne um objeto da classe política, da classe empresarial e da comunidade feirense, a inauguração da universidade federal, é só aguardar o seu dia, porque está próximo.
Reportagem: Hely Beltrão
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