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Economia Shopping Popular

Comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras vivem incerteza com o fim do subsídio da Prefeitura

Por: Erivelton Costa e Hely Beltrão

30/08/2023 12h57 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Erivelton Costa
Foto: Erivelton Costa

Com a proximidade do fim da carência para pagamento do aluguel dos boxes do Shopping Popular Cidade das Compras e protestos dos comerciantes do local, alegando que não conseguem gerar renda suficiente para pagar os custos do local devido ao baixo movimento, foi encaminhada uma contraproposta pelos comerciantes, sugerindo a redução do aluguel de R$ 500 reais para algo por volta de R$ 40 reais, mesmo valor pago no Centro de Abastecimento.

Foto: Erivelton Costa

Em entrevista ao Conectado News, Elisabeth de Araújo, presidente da Associação dos Comerciantes do Shopping Popular, salientou que desde a inauguração do local, em 9 de setembro de 2020, a cada seis meses, os comerciantes estiveram perto de pagar o valor de aluguel, mas, com muita luta, os vendedores conseguiram um adiamento. Esta disputa entre a Prefeitura e administração do Shopping atingiu o seu pico, após a Prefeitura afirmar que não continuará a pagar a concessão e a carência que dura três anos, não será mais ampliada.

Elisabeth de Araújo - Foto: Erivelton Costa

Elisabete disse ainda que os comerciantes já sofrem para pagar as taxas de condomínio, que  custa R$ 200 reais mensais e que devido as baixas vendas se torna difícil para os comerciantes pagarem o aluguel juntamente com o condomínio, algo em torno de R$ 700 reais.

Relembre: "Temos projetos maiores que o supermercado para o Shopping Popular", diz Wilson Falcão

"Só nesta semana foram notificados quase quatrocentos ambulantes. Quando atrasam o pagamento, precisam arcar com juros e corte da luz. Chega um ponto que eles abandonam seus boxes com as dívidas destas parcelas, sem terem o risco de entrar no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou Serasa, por isso muitos locais estão fechados", disse.

Comerciantes deixaram o local por não ter condições de pagar as taxas: Foto: Erivelton Costa

As vendas sempre foram baixas e está cada dia pior, por isso, várias reuniões foram realizadas entre  a Prefeitura, direção do Shopping e Associação para a realização de um estudo para avaliar os motivos que fazem o público se afastar do complexo comercial. Elisabeth pede ajuda ao poder público para solucionar a problemas como rejeição ao local pela proximidade ao Centro de Abastecimento, que segundo ela, é visto por algumas pessoas como um local inseguro, sem higiene e que abriga usuários de drogas, a distância do Centro e de estar localizado em uma região que não é plana.

Os serviços de alimentação receberão a primeira parcela em Setembro, diferente dos outros que aguardam uma nova posição da Prefeitura. José Miranda, por exemplo, vende bebidas e esclarece que se a taxa de aluguel não for diminuída, terá que fechar o negócio.

José Miranda - Foto: Erivelton Costa

"Hoje não vendi nem dez reais, tem semana que não consigo vender cem reais; está inviável. Estamos realizando um pesquisa presencial e on-line, para entendermos os motivos do afastamento dos clientes; até para a gente ver a possibilidade da Prefeitura realocar o pessoal para outro espaço", disse.

Os poucos aumentos do movimento de pessoas acontecem apenas no São João e Natal, e de forma pouca produtiva, é o que relata o comerciante Idalicio dos Santos, presente no Shopping Cidade das Compras desde sua inauguração vendendo artigos para o lar. Idalicio revela que muitos de seus vizinhos de box não vendem sequer R$ 5 reais por dia e que o local deveria ser mais divulgado pelos órgãos responsáveis.

Idalicio dos Santos - Foto: Erivelton Costa

"São muitos problemas, a higiene aqui é vergonhosa e isso assusta as pessoas", disse.

A falta de limpeza, também, é uma reclamação da vendedora de artigos para festas, Soane Cerqueira. Segundo ela, nunca houve limpeza da frente de sua loja por responsáveis do local, durante os 3 anos em que ela trabalha no local.

Soane Cerqueira - Foto: Erivelton Costa

"Somente eu limpo a frente da minha loja, fora que vendo tão pouco, que todo mês tenho que pagar a taxa de condomínio com dinheiro reserva, ou seja, estou pagando para trabalhar", afirmou.

É por isso que mediante todas estas situações, o Shopping Popular, atualmente administrado por uma concessão de 30 anos, onde se tinha grande expectativas, vive o maior entrave de sua história.

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