A Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira, 11, que concluiu o inquérito da morte da cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, ocorrida no início de julho deste ano. O caso foi concluído e encaminhado para o Poder Judiciário, na quinta-feira, 10. A conclusão indica que o tiro que atingiu a vítima foi deflagrado pelo cunhado da adolescente, de nove anos, quando a criança e Hyara brincavam com a arma no quarto dela.
A sogra de Hyara Flor foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, já que de acordo com a polícia, a pistola utilizada pertencia à sogra da vítima. O tio de Hyara também foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.
Em entrevista exclusiva ao Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM concedida na manhã desta sexta (11), o pai da vítima, Hiago Alves, não concorda com o resultado final do inquérito e que as pessoas que tiveram o depoimento colhido pela polícia foram manipuladas.
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"Estou revoltado e indignado com o resultado do inquérito da Polícia Civil da Bahia, isso prova que não temos lei em nosso país, na Bahia principalmente, como o delegado, sem perícia, ouvindo três pessoas que foram manipuladas, que tiveram tempo, estavam livres, serem induzidas pelo Amorim a falar isso, eu levei provas, como um pai sofrendo, chorando, mas não adiantou nada, chegaram a essa conclusão ouvindo a mãe, o filho e uma testemunha que nem estava no local no momento do crime, porque será que isso foi acatado de forma tão rápida? O que está acontecendo, o que há por trás disso?
Hiago disse ainda que pretende tomar providências.
"Desde sempre venho contestando, dando minha cara a tapa, por que sabemos do vínculo que o delegado tem com a família do Amadeu, e por isso, o resultado do inquérito para mim não é nenhuma surpresa, apesar da revolta, estarei indo ao Ministério Público Estadual na segunda (14) e tenho certeza que seremos acolhidos e teremos novidades", disse.
O pai de Hyara disse ainda que não foi ouvido pela polícia.
"Foram ouvidos apenas a mãe do Amadeu, o irmão dele de nome Davi e o Adailson que é amigo da família, isso é mais uma prova do vínculo do delegado com a família", concluiu.
Reportagem: Hely Beltrão
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