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Bahia SUPRAD

Governo do Estado investe em Feira mais de 13 bilhões em política de assistência a usuário de drogas e pessoas vulneráveis

Quinta (13)

13/07/2023 16h39 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Luiz Santos
Luiz Santos

O programa Corra pro Abraço, vinculado à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SEADES), inaugurou nesta quinta (13), uma nova unidade no município de Feira de Santana. A inauguração, marcada para iniciar às 14h, contará com a presença de autoridades, beneficiários do programa e parceiros, além de intervenções artísticas e culturais. 

Segundo o superintendente de Políticas Sobre Drogas e Acolhimento a Grupos Vulneráveis, Gabriel Oliveira, o total do investimento do Governo do Estado  com a implantação da unidade em Feira de Santana é de algo em torno de R$ 13 bilhões de reais e é o primeiro passo para levar o programa para todo o Estado.

"É um investimento total de R$ 13,3 bilhões para 24 meses, que prevê a contratação de uma equipe multiprofissional, insumos, instalação de algumas sedes físicas, como a que está sendo inaugurada hoje, para nós é um passo importante no sentido de fazer com que o programa ganhe um alcance maior, porque até o momento, tivemos uma experiência aqui em Feira de Santana, curta, que foi interrompida, então esse passo de trazermos de novo para Feira, que é a segunda maior cidade do Estado em termos de população e levar para Vitória da Conquista, que é o  terceiro, para nós significa um passo importante no sentido da estratégia de levar o programa para todo o Estado", disse.

Ainda segundo Gabriel, o público alvo da ação são p4essoas em extrema vulnerabilidade social.

"Hoje a Superintendência de Políticas Sobre Drogas e Acolhimento a Pessoas Vulneráveis – SUPRAD, funciona dentro da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SEADS), já funcionou dentro de outras secretarias, como a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, o fato de funcionar hoje dentro da SEADS nos coloca como principal desafio, lidar com a situação de vulnerabilidade no Estado, portanto é o programa está completando 10 anos agora e já tem uma tradição razoável no sentido de lidar com o público, com essa questão da vulnerabilidade, às vezes situação de extrema vulnerabilidade, como é o caso das pessoas em situação de rua e o fato do programa estar dentro de uma secretaria que tem como principal missão superar a pobreza, e a  vulnerabilidade social, coloca esse público como público-alvo desta ação que nós temos, assim como outras", disse.

Gabriel disse que há uma meta de atendimento estabelecida, mas que sempre é superada.

"O programa costuma superar e muito as metas pré estabelecidas, por um simples motivo: Nos últimos quatro anos, tivemos um cenário de desmonte absoluto das políticas sociais, em Salvador por exemplo, em dois anos, realizamos 9 mil atendimento de pessoas diferentes, se contabilizarmos números de atendimentos para a mesma pessoa, porque esse é um atendimento acompanhado, você atende a mesma pessoa várias vezes durante um ano, o número sobe para 24 mil só em Salvador, e aqui não me refiro a cidade inteira de Salvador, por que ainda não temos condição de atender todos os territórios que têm incidências de uso abusivo de substâncias ou de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. Aqui em Feira, estamos fazendo uma  leitura de território, com psicólogos, assistentes sociais, educadores, juristas, pedagogos, arte educadores, para saber os principais pontos de incidência das pessoas em situação de rua e de extrema vulnerabilidade, que muitas vezes também são territórios onde há uso problemático de substâncias, muitas vezes de crack, álcool, drogas licitas e ilícitas, para conseguir estimular essa quantidade de atendimentos durante os 24 meses em que o programa atuar aqui em Feira, mas com certeza absoluta esse número de atendimentos vai passar da escala dos milhares", comentou.

De acordo com o superintendente, o programa tem boa receptividade, inclusive nas áreas em que as pessoas não confiam no poder público.

"Precisamos refletir sobre o seguinte: a maior parte do público alvo que o programa lida, são pessoas que não têm acesso a nenhuma política pública ou tem acesso muito esporádico a alguma política social, trata-se de um público que por vários fatores desconfia muito da presença do próprio Estado, inclusive porque normalmente quando se trata de territórios em que vivem pessoas em situação de extrema vulnerabilidade e fazendo uso das substâncias ilícita, normalmente o Estado consegue chegar só com a segurança pública, a abordagem da polícia naturalmente é sempre no sentido de manter a ordem pública, combate ao tráfico e procura de criminosos, é uma abordagem que não necessariamente encaminha e consegue atender a um contexto social estabelecido, não entramos em conflito em momento algum com essa diretriz, acreditamos que essa diretriz de Segurança Pública é fundamental que atue não apenas nesse território mas em todo o Estado, a nossa abordagem é no sentido de entender determinados contextos sociais que estão ali estabelecidos, de pessoas abandonadas pela família, pessoas que passam por problemas graves de saúde mental, que precisam de atendimento psicológico, pessoas que precisam acessar o Cadastro Único para ter acesso ao Bolsa Família, ao Minha Casa Minha Vida e outras políticas sociais, a atribuição do programa é chegar perto desse território, sobre a receptividade, nos leva ao seguinte entendimento: esse é um dos programas que o público mais confia, existem territórios em Salvador, em que só duas políticas públicas conseguem chegar, uma, que é a segurança pública e a outra o Corra para o Abraço", concluiu.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

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