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Educação Conferência

"É importante que os povos indígenas tenham acesso a universidade", diz indígena da UEFS, escolhida para participar de Conferência na Alemanha

Quarta (07)

07/06/2023 10h20 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Reprodução/Internet
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A estudante indígena do Curso de Direito da UEFS, Açucena Marinheiro da Silva foi selecionada para participar de três Conferências promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC).

A seleção foi feita pelo LAYCS - Latin American Youth Climate Scholarships,  um projeto que tem como objetivo conceder ''bolsas climáticas'', visando promover a participação de jovens latino-americanos, negros e indígenas  em fóruns internacionais onde serão discutidas as mudanças climáticas.

Em entrevista concedida a jornalista Emanuele Pilger, na manhã desta quarta (7) para o Programa Primeira Página da Rádio Povo FM de Feira de Santana, Açucena deu maiores detalhes sobre a Conferência e ressaltou a importância da participação de minorias nas Conferências. 

"Estou na Alemanha participando da conferência da ONU sobre mudanças climáticas a SB58, uma preparação para a COP28, que ocorrerá em Dubai esse ano. Serão 10 dias de conferência, hoje é o terceiro dia, está sendo muito incrível aprender e ver tudo isso de perto, algo que sempre quis, participei de um processo seletivo entre jovens pretos, pardos e povos indígenas da América Latina. Do Brasil foram escolhidas cinco pessoas, dentre elas, duas indígenas, sendo eu e mais outra. Sou muito ligada a questão dos povos originários e isso está diretamente relacionado a questões ambientais e climáticas", disse.

Açucena finalizou reforçando a importância da manutenção dos povos indígenas nas universidades.

"Sobre a política de permanência é extremamente importante para manter os povos indígenas dentro da universidade, porque não basta só permitir que os povos originários, o cotista e pessoas negras entrem na universidade, manter é o mais difícil, por que tem todo um contexto por trás, como questões financeiras e psicológicas, por isso é necessário o apoio contínuo a essas pessoas para que possam dar continuidade aos estudos, não somente ingressar, mas, permanecer também", concluiu". 

Reportagem: Hely Beltrão

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