No dia 1º de maio, iniciou-se na Bahia a campanha de vacinação contra a Febre Aftosa, com a expectativa de vacinar 100% do rebanho do estado, que gira em torno de 10 milhões de cabeças de gado.
Em entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, concedida na manhã desta terça (16), o coordenador regional da ADAB (Agência de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia) Aurino Junior, reforçou a importância da vacinação e trouxe outras informações referentes ao rebanho em Feira de Santana.
"A partir do dia 1º de maio de 2023, iniciamos a primeira etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa, vamos vacinar nessa campanha todo o rebanho, seja gado adulto, jovem e bezerro, devem ser vacinados. Estamos numa expectativa muito boa de fazer uma belíssima campanha, uma vez que os produtores já tem conhecimento da importância e da necessidade de fazer essa vacinação, para que avancemos o nosso estado sanitário, que é livre de aftosa com vacinação, para que bem próximo possamos atingir o estado de livre de aftosa sem vacinação, que será um marco para a pecuária baiana, estamos trabalhando de forma incisiva nessa campanha contra a Febre Aftosa e para coroar essa campanha, na quinta (18) no município de Santa Bárbara/BA, no Parque João Levi, estamos fazendo um dia de campo, onde apresentaremos todo o trabalho da aftosa feiro pela ADAB, práticas de higienização de vacina e também de vacinação, para que o produtor saia muito bem aliado e saiba como proceder, é um momento importante, conclamamos a todos os produtores da região de Feira de Santana, a comparecerem no Parque de Vaquejada João Levi em Santa Bárbara, a partir das 8h, estaremos lá para recepcioná-lo com um belíssimo café da manhã e fazer a divulgação da nossa campanha contra a Febre Aftosa".
CN - O criador está realmente consciente da importância de vacinar o rebanho?
Aurino Junior - Sim, graças ao conhecimento e conscientização do produtor, temos feitos campanhas de vacinação de altíssimo nível, com índices de vacinação bastante elevadas, acima de 95%. O criador tem conhecimento da importância da vacinação e de como é importante para o Estado da Bahia e para o nosso agronegócio que avancemos o nosso estado sanitário, porque aí sim o criador terá ganhos e ganhos com a sua pecuária.
CN - Como é comprovada a vacinação do rebanho?
Aurino Junior - A partir do momento em que o criador adquire a vacina na revenda, e faz a efetiva vacinação do seu rebanho, quando ele adquire a vacina, deve acondicionar em gelo para que ela mantenha a sua qualidade, colocar o seu gado no curral de forma bastante higiênica, com higienização das seringas e fazer a vacinação. Feito isso, ele já tem a contabilidade do seu rebanho, procura uma agência da ADAB, pode ser feito diretamente na Agência, ou através de um link via internet onde ele pode fazer essa declaração on-line, essas são as formas disponíveis para o criador comprovar a vacinação. Isso é importante para que possamos contabilizar e demonstrar ao Ministério da Agricultura o nosso índice de vacinação, onde esperamos vacinar 100% do nosso rebanho.
CN - Qual o número do rebanho na Bahia e região de Feira de Santana?
Aurino Junior - Temos em torno de 10 milhões de cabeças em nosso Estado, na região de Feira de Santana em torno de 250 mil cabeças. Não é um número pequeno se considerarmos que temos 417 municípios, temos uma área significativa, o rebanho de Feira de Santana possui em torno de 40 mil cabeças.
CN - Quantos animais são abatidos mensalmente? Essas 40 mil cabeças são suficientes para atender a demanda do mercado local?
Aurino Junior - Não tenho disponível os números exatos, mas posso dizer que Feira de Santana não abate apenas o rebanho da região, recebemos dados de várias ações do território da Bacia do Jacuípe, Recôncavo e de outra regiões. Temos aqui em Feira dois frigoríficos, um com inspeção federal e outro estadual, que atendem a necessidade de Feira de Santana e região. Em Riachão do Jacuípe temos um frigorífico com inspeção estadual, a nossa rede de frigoríficos atende a necessidade, o que não justifica a existência ainda de abate clandestino, tendo uma rede que suporta tranquilamente o nosso consumo.
Reportagem: Hely Beltrão
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