O SICOMFS ( Sindicato do Comércio de Feira de Santana) está organizando diversos eventos nesta terça (16), a começar por um ato nacional em protesto contra a retirada de 5% do excedente de recursos do SESC (Serviço Social do Comércio) e SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) para a EMBRATUR (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).
Em entrevista ao Correio Braziliense, concedida no domingo (14), o presidente da EMBRATUR, Marcelo Freixo, afirmou que o SESC e SENAC lucram por ano R$ 9 bilhões de reais e que estes 5% representam apenas, um total de R$ 447 milhões de reais.
Em entrevista ao site Conectado News e Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM concedida na manhã desta terça (16), o presidente do SICOMFS, Marcos Silva, disse que o trabalho da EMBRATUR é importante, mas que este deve ser feito com recursos próprios. Marcos afirmou ainda, que, caso esse dinheiro seja repassado ao governo, muitos projetos assistenciais que hoje são feitos pelas entidades, terão de ser descontinuados.
"Entendemos que é um ato positivo divulgar o Brasil através da Embratur, fora do Brasil e concordamos com isso, porém, o governo federal tem que buscar no seu orçamento esses recursos e não tirar recursos de entes privado, inclusive há uma questão constitucional que está sendo discutida, esse valor é todo aplicado, temos uma série de ações. Ao retirar esse valor, será comprometido o Programa do Menor Aprendiz, o treinamento que é feito sem custo para vários trabalhadores através do Senac, e a parte social do SESC, em Feira são quase mil refeições diárias no restaurante na Praça da Matriz, atendimento odontológico, médico, escola de nível particular, com todo o material grátis, todo esse sistema será comprometido com esse sequestro de valores, que entendemos ser indevido e não vai atender, porque vai tirar de quem está utilizando bem esse recurso e vai colocar em outra entidade que deve buscar seus recursos próprios".
CN - Em 2020, através de um projeto de lei sancionado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), tornou a Embratur uma entidade autônoma, independente do governo, em 2022 a medida provisória 1147 já estipulava esse repasse que agora vocês estão protestando contra. Porque em 2022 não houve esse movimento por parte do empresariado?
Marcos Silva - Efetivamente não houve porque naquele momento não passou de conversa, ameaça de retirar recursos do sistema, através desse Projeto de Lei que passou na Câmara dos Deputados em um acordo de líderes durante a madrugada, entendemos que o governo federal, da mesma forma que desvinculou do orçamento da União, pode fazer uma alteração e retornar a Embratur a condição anterior.
Marcos Silva também comentou sobre outros eventos que acontecerão nesta terça (16)
Dois eventos em um, a Câmara da Mulher Empresária, que está sendo organizado por uma entidade autônoma vinculada ao Sindicato do Comércio de Feira de Santana, onde será abordado primeiro empreendedorismo feminino, com duas convidadas, Ozana Barreto do grupo O Boticário e a reitora da UNIFACS Anitta Souza, com intermediação do digital influencer Will Machado, teremos esse momento inicial, em seguida teremos um evento de recuperação de impostos, muito importante para o empresário nesse momento de capital de giro curto, com valores que muitos nem sabem que tem direito.
Reportagem: Hely Beltrão
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