Após impasse ocorrido durante o Carnaval 2023 entre a entidade que representa os comerciantes, SICOMFS (Sindicato do Comércio de Feira de Santana) e SECOFS (Sindicato dos Empregados do Comércio de Feira de Santana) que representa os empregados, as entidades não chegaram a um consenso com relação o funcionamento do comércio durante a Micareta 2023.
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Em entrevista ao Conectado News, o presidente da SECOFS, Antônio Cedraz, diz que o impasse foi gerado porque o sindicato patronal quer fechar o comércio no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes e abrir no sábado, mas no entendimento de Cedraz, é melhor abrir na sexta com o pagamento de abono e ter o sábado e domingo de folga.
"Ainda não, porque existe uma lei 2299/01/ onde diz que o prefeito é quem define essa situação, que não é o feriado, ele não decide sobre isso, mas sim ajustar o horário do comércio em função da Micareta, o sindicato patronal diz que não pode queimar um feriado por causa dos quatro feriados municipais, evidente, que o prefeito da época não seria tão ingênuo, a intenção era regular o horário do comércio, na própria lei diz que os sindicatos tem que criar as suas alternativas e chegar a um entendimento, mas não estamos chegando. Fechar na sexta para trabalhar no sábado, não dá para entender, às vezes imaginando que eles querem fugir do pagamento dos R$ 75 e R$ 82 ou querem segurar todos os comerciários no fim de semana para a Micareta, então, na minha opinião e de alguns comerciários que consultamos, que, se tiver de trabalhar, melhor na sexta, pelo menos ganhamos nosso abono e ficamos com o fim de semana livre, para ir a Micareta, viajar ou fazer o que quiser, mas não estão aceitando", disse.
CN - Como proceder, para não acontecer como no Carnaval?
Antônio Cedraz - Esse foi um exemplo, insistiram em abrir o comércio e viram que o comércio não abriu, por que o comerciante não é bobo, só vai na certeza. Se abrir o comércio no sábado, paga-se o valor da sexta, foi a nossa proposta do 75 e do 82, mas como será horário reduzido, fizemos uma contra proposta, em vez de 75 e 82, que pagassem R$ 50 para todos independente, no horário das 9 às 14h, eles querem de 9 a 16h, no que se refere a horário, chegamos a um consenso, das 9 às 15h, mas que pague R$ 50 para todos e isso que eles não concordam de maneira alguma.
Marcos Silva, presidente do sindicato patronal
Marcos Silva, presidente do SICOMFS, entidade que representa os comerciantes, entende que o melhor é não abrir durante o feriado na sexta 21 de abril, e funcionar em horário reduzido no sábado 22 de abril sem pagamento de abono, por entender que este deve ser pago apenas em feriados.
"Tivemos na quarta (22) uma longa reunião que começou pela manhã e terminou no início da tarde, mas infelizmente não chegamos a um acordo. A questão que está pegando é que o Sindicato dos Comerciários entende que é melhor funcionar o comércio na sexta, feriado nacional e pela experiência que temos, quando se abre o comércio em feriados nacionais, ainda mais durante uma Micareta, não funciona, porém o sábado de Micareta, pelo longo tempo que temos na atividade, sabemos ser muito bom, então, propomos o funcionamento do comércio do centro da cidade no sábado, em horário reduzido, começando as 9h, dando mais uma hora de descanso para quem pulou na sexta e fechar mais cedo, às 15h e no domingo, voltaria a condição anterior do feriado, funcionando apenas nos bairros, pois população precisa para se abastecer e os shoppings também tem autorização para funcionar e também é uma opção de lazer para quem não está na Micareta, crianças e pessoas de idade. O impasse é esse, eles estão exigindo dos patrões para funcionar no sábado um pagamento adicional, como se fosse feriado, mas temos o entendimento que a Prefeitura não tem mais feriados disponíveis de acordo com a legislação, os feriados municipais não contemplam a Micareta, em Salvador, durante o Carnaval o comércio foi autorizado a funcionar e o entendimento é que podemos dar essa recomposição em outro momento, mas não no sábado de Micareta, considerar isso como um feriado e fazer um pagamento adicional", concluiu.
Reportagem: Hely Beltrão
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