Cinco trabalhadores foram resgatados em situação similar à escravidão nesta quinta-feira (2), em um galpão de carvoaria, no bairro de Cassange, em Salvador. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os empregados chegaram a trabalhar mais de 12 horas por dia para produzir até mil ensacamentos, a uma remuneração de dezesseis centavos por saco de carvão.
Ainda de acordo com o MTE, os homens estavam sem registro de contrato de trabalho, nunca tiraram férias e nunca receberam décimo terceiro salário ou qualquer adicional de insalubridade.
Além disso, o local de trabalho não tinha água potável e os funcionários faziam as refeições no mesmo galpão de ensacamento do carvão. O banheiro não tinha porta, pia, assento, nem coletor de lixo, e os homens trabalhavam sem os itens de segurança. Durante o ensacamento do carvão, eles usavam apenas bermudas e chinelos.
Durante o resgate, feito por equipes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), 430 sacos de carvão sem o Documento de Origem Florestal (DOF) foram apreendidos.
Os trabalhadores e o gerente do local foram encaminhados para a Central de Flagrantes, no bairro dos Barris. Em seguida, o gerente foi encaminhado para a Polícia Federal, em Salvador, onde foi ouvido e liberado, conforme informações da advogada de defesa.
Em nota, a Superintendência Regional do Trabalho (SRT) informou que dois auditores fiscais foram ao local, ouviram os trabalhadores e avaliaram que a situação se caracterizou como trabalho similar à escravidão.
De acordo com o ordenamento jurídico, art. 149 do CP - reduzir alguém à condição análoga de escravo, com jornada exaustiva, sujeitando-o a condições degradantes, constitui crime com pena de reclusão de 2 a 8 anos e multa, além da pena correspondente à violência
Caso de Bento Gonçalves
O caso veio à tona na quarta-feira (22), quando três trabalhadores procuraram a polícia após fugirem de um alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. Uma operação realizada no mesmo dia resgatou mais de 200 pessoas que eram submetidas a trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva.
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Os trabalhadores foram contratados pela Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda, que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi, Salton e produtores rurais da região. A maioria viajou da Bahia para o RS. Eles afirmam que eram extorquidos, ameaçados, agredidos e torturados com choques elétricos e spray de pimenta.
O administrador da empresa chegou a ser preso pela polícia, mas pagou fiança e foi solto. As vinícolas que faziam uso da mão de obra análoga à escravidão devem ser responsabilizadas, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A maioria dos trabalhadores resgatados chegou à Bahia nesta segunda-feira (27). Os demais optaram por permanecer no RS. Quase todos já receberam as verbas rescisórias a que tinham direito, em um valor que, somado, ultrapassou R$ 1 milhão.
Na terça-feira (28), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) suspendeu a participação das vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton de suas atividades. A ApexBrasil é um serviço social autônomo vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que promove os produtos brasileiros no exterior.
Fonte G1
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