Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Fazenda Limoeiro no povoado de Itaitu, município de Jacobina no norte da Bahia. A ocupação teve início na segunda (27), com a justificativa de que os 1.700 hectares da propriedade estariam abandonados e que as terras são improdutivas.
Em áudios que circulam na internet, os quais o Conectado News teve acesso, produtores, donos de terras e sindicatos estão se unindo contra a invasão e prestando solidariedade a família que teve a sua propriedade ocupada.
"Fiz contato com um dos proprietários, o MST alega que a fazenda é improdutiva, o que não é verdade, eles estão num processo de inventário, mas criam caprinos e gado de corte. O pessoal invadiu e divulgaram o áudio afrontando os produtores da região, segundo informações de um dos proprietários, um dos invasores disse em rede social, que serão 200 propriedades invadidas aqui na região. Como essa é a mais próxima da gente, estamos articulando com os produtores, pessoas da região, produtores rurais, presidentes de sindicatos rurais que possam estar conosco ou autorizar, o uso da entidade para possamos dar apoio a esse produtor", disse um produtor rural que não se identificou.
Circula também um áudio do articulador do MST na regional Chapada Diamantina, identificado pelo nome de "Abraão", chamando as pessoas para ocupar a fazenda.
Na madrugada de segunda (27) o MST ocupou a Fazenda Limoeiro no povoado de Itaitu, município de Jacobina, uma fazenda abandonada e o MST, tomou a decisão de fazer uma ocupação. Venham, tem terra para todos", disse.
De acordo com o MST, o total de famílias ocupando o local chega a 150.
Felipe Pires, neto dos proprietários da fazenda invadida, em áudio que circula na internet, afirmou que tentou conversar com o MST, mas sem resultado, pois estavam irredutíveis, mas que ja entraram na justiça com o pedido de reintegração de posse.
"Já tivemos uma conversa com eles, mas estão irredutíveis, já entramos na justiça com pedido de reintegração de posse. Algumas pessoas de Jacobina estão encaminhando os áudios que eles mandaram nos grupos chamando pessoas para invadir, dizendo que a propriedade é improdutiva, coisa que não é, pois temos gado lá dentro. Somos uma família do trabalho, temos o nosso gado, mas vivemos trabalhando incansavelmente, trabalhando para conseguir as coisas assim sou eu, meu pai e meu avô, sempre trabalhando para conseguir as coisas não invadindo o que é dos outros", afirmou.
Lando Lima, do Sindicato Rural de Miguel Calmon, convocou todos os produtores a prestar solidariedade a família que teve suas terras ocupadas pelo MST.
Queremos nesse momento convocar todos os produtores de nossa região para levarmos a nossa solidariedade aos amigos, batalhadores como nós, que tiveram sua propriedade invadida. Gostaríamos de contar com a presença de todos que não concordam com esse tipo de atitude, sexta, (3) às 10 horas da manhã, na Fazenda Limoeiro para levar o nosso apoio a esta família de produtores que nesse momento está passando por uma situação difícil, não é fácil ter o seu patrimônio invadido, e sabemos o quanto foi difícil para essa família que tem um patrimônio há mais de 60 anos e que estão perdendo o sono nesses últimos dias.
A FAEB (Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia) enviou um ofício ao secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, solicitando providências com relação ao ocorrido, e divulgou nota de apoio aos produtores rurais da região.

Reportagem: Hely Beltrão
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