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Brasil Yanomâmi

Garimpo ilegal em terras indígenas aumentou 787% de 2016 a 2022, segundo INPE

Dados do Inpe mostram crescimento da mineração ilegal em áreas de reservas protegidas

11/02/2023 09h14 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
 Foto: Ascom PRF
Foto: Ascom PRF

O garimpo ilegal em terras indígenas na região Norte do Brasil aumentou mais de oito vezes entre 2016 e 2022, apontam dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). As atividades foram detectadas nas Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, e em seis reservas do Pará: Sai-Cinza, Munduruku, Baú, Kayapó, Apyterewa e Trincheira/Bacajá.

A atividade de garimpo em terras indígenas ganhou projeção nacional em razão da crise sanitária na Terra Indígena Yanomami, a maior do país. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.

Segundo os dados do Inpe, em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB), a área de mineração ilegal em terras indígenas estava em 12,87 km², o equivalente a quase metade do arquipélago de Fernando de Noronha.

Em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o número registrado aumentou 787%, cerca de 114,26 km² --787%. Houve queda em 2022, também sob Bolsonaro, quando 62,1 km² foram detectados como área de mineração ilegal.

Os dados são fornecidos por meio de alertas pelo Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) – tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (além de mineração, ele detecta exploração de madeira e queimadas, por exemplo).

Evolução do garimpo ano a ano:

    2016 - 12,87 km²

    2017 - 48,72 km²

    2018 - 79,17 km²

    2019 - 97,24 km²

    2020 - 92,38 km²

    2021 - 114,26 km²

    2022 - 62,1 km²

Fonte: G1

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