Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (07) o advogado do Dr. José Carlos Pitangueira, Ronaldo Mendes, disse achar estanho o fato do Dr. Pitangueira ter sido incluído no processo, mesmo sem ser o alvo da ação, e mais estranho ainda, o fato dele não ter sido ouvido, não ter direito a defesa:
“Estamos no MPT (Ministério Público do Trabalho) em apuração. E essa apuração. Sem crítica alguma ao MTP, mas os procuradores, deixaram de escutar previamente o contraditório, o Dr. Pitangueira, que não é objeto da acusação, mas sim a Sra. coordenadora, isto nos causa grande estranheza, porque ele foi alcançado por ser diretor geral do Hospital sem que tivesse sido ouvido na fase de inquérito, e muito mais do que isso, a liminar alcança-o sem que ele faça parte daquele inquérito, então há todo um equívoco, há toda uma confusão formada, e quero dizer a comunidade que o Dr. José Carlos Pitangueira somente foi alcançado na decisão de assédio moral, por conta de um ponto específico do setor de Serviço Social, que na pandemia era um pandemônio, todo mundo sabe o que é o Serviço Social, quando morre alguém, quando não tem vaga, quando não tem regulação, a demanda é muito grande no setor e é óbvio ali houve um inquietação, uma incomodarão por conta das pessoas que lá trabalham, e reclamaram dessas coisas também, tanto assim é, que no Cleriston Andrade existe o setor de psicologia organizacional. Este setor existe desde 2020, é o que está dito na liminar para ser implantando, e estas mesmas servidoras já foram atendidas neste setor, mais de uma vez, tem assinatura delas, participaram junto com as coordenadoras da implantação do setor de protocolos do hospital. Então vocês vejam que há equívocos diversos no comportamento delas dentro e fora do hospital. É um direito do trabalhador reclamar, isso não é problema, o que não se pode é macular o trabalho de alguém, dizer que não é digno de um cargo, numa questão paroquial, setorial” afirmou.
Ainda segundo o advogado Ronaldo Mendes, o Dr. Pitangueira tecnicamente ainda não estaria afastado do cargo, mas que o fez por uma questão de lealdade processual:
“Até que seja citado permanece com suas funções normais, ele não foi formalmente notificado da decisão, mas nos adiantamos, por lealdade processual, juntamos um pedido de reconsideração à juíza, porque toda a comunidade soube do processo, a mídia divulgou o processo antes dele ter sido notificado formalmente e por isso não poderíamos fingir que não sabíamos. Então nós antecipamos, levando a juíza todos os fatos, como aconteceram de verdade, e esperamos que a juíza reconsidere na parte que se refere ao afastamento, porque é excesso de decisão, quando ele sequer foi parte da denúncia”, reiterou.
Ronaldo Mendes lembra também, que o processo é do ano de 2020, e que a demora não foi somente por conta dos trâmites processuais, mas por causa da pandemia que impactou no funcionamento do Hospital e do Ministério Público do Trabalho: “Só agora por conta dos vários tramites do inquérito civil, com a pandemia que foi forte no Hospital, no MPT, atrasa o trâmite processual. Reforço que o único erro do MPT (Ministério Público do Trabalho) foi não ter ouvido o Sr. Diretor e nem a Sra. Coordenadora do Serviço Social e o processo legal exige que as partes sejam ouvidas, que se oportune o direito de defesa daquele que é acusado e nesse inquérito não existiu isso” salientou.
O Dr. José Carlos Pitangueira também se manifestou na coletiva e disse ver a situação com estranheza, e quem prejudica a diretoria, também prejudica os pacientes e tem gente que não aceita as mudanças ocorridas no Hospital:
“Eu me vejo numa situação de surpresa. Porque o mesmo fato que está sendo divulgado, foi analisado pelo Conselho, pelo presidente analisando todos os fatos, e tem relatórios de todos esses fatos, que o Hospital Cleriston Andrade (HGCA) é excelente. Eu acho que não deveria ter sido feito dessa maneira. Deveria ter esclarecido logo para que tomasse conhecimento do que foi feito antes no Hospital. Agora, o que me deixa preocupado, é se tem alguém aqui, afim de prejudicar a diretoria do Cleriston Andrade, se prejudica a diretoria, prejudica o paciente, porque tem gente ainda no Cleriston que não aceita a mudança, não aceita que conseguimos acabar com aquela pocilga e hoje você tem um hospital decente, para que todo mundo possa ser atendido, pobre, rico, preto, branco, amarelo, verde, todos são considerados e falam diretamente na sala do diretor, sem ter necessidade de marcar audiência, eu quero agradecer a vocês por todo o apoio dado, porque vocês me conhecem. Aborrecidos estão, porque o diretor do hospital em plena pandemia, e nos prejudicava muito, chegava 06h,quem recebia vocês de manhã era eu, não tinha isso no Cleriston Andrade. Então nós mudamos até o atendimento aqui dentro”, finalizou.
Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão
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