Um grupo empresarial do ramo de supermercados é investigado por sonegação de mais de R$ 11,5 milhões nos municípios de Feira de Santana e Alagoinhas. Os empresários são alvo da 'Operação Apostasia', deflagrada nesta terça-feira (14).
Foram cumpridos um mandado de prisão temporária 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Alagoinhas e Feira de Santana. O grupo é formado por 15 empresas, na operação um empresário foi preso no município de Alagoinhas.
Em entrevista ao Conectado News, o promotor de justiça de Feira de Santana Cláudio Jenner de Moura Bezerra afirmou, "essa operação parte do Ministério Público do Grupo de Autuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal, (GRAESP) temos promotorias regionais, este caso abrangeu também as promotorias próximas ao município de Alagoinhas e outras cidades”, conta.
“Esse caso da um grupo empresarial de cidade de Alagoinhas nós atuamos de forma disseminada no estado a Bahia juntamente com a Secretaria da Fazenda( SEFAZ), Polícia Civil e um grupo integrado do Comitê institucional de Recuperação de Ativos que trabalha no combate a sonegação fiscal”, diz.
“Hoje foi uma operação no sentido de apurar empresas de supermercados que foram detectadas pela SEFAZ através da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa do Setor de inteligência que nos passou informações e resolvemos acionar e buscar elementos comprobatórios afim de complementar informações sobre a sonegação”, disse o promotor.
Questionado se os recursos sonegados retornam aos cofres públicos, o Jenner disse, "sim, a tendência é essa, nossa atuação na área criminal não impede, atuação também na área cível ou seja a busca de bloqueio de bens, tentar recuperar os valores para o estado da Bahia.
“O combate a sonegação fiscal não é uma perseguição ao empresário que contribui, mas a punição é para os que não pagam os impostos e com isso cria uma situação de descompasso, prevalência em relação aos comerciantes que pagam seus impostos”, relata,
“Imposto não é dinheiro para o governador, mas sim para o erário público para o estado da Bahia para as políticas públicas, saúde, segurança é isso o contribuinte tem que enxergar”, diz.
“A aplicação correta de tributos é fundamental para sobrevivência de uma sociedade digna que possa contemplar os seus cidadãos". Informa.
"Esse valor é constantemente corrigido pela Secretaria da Fazenda, hoje está em mais de 11 milhões, obviamente os bens ilicitamente conquistados com imposto sonegados vão ser bloqueados no sentido de o Estado futuramente poder dispor desses bens e contemplar o erário público com a devolução desse montante. O MP-BA está com vários outros procedimentos em andamento para deflagrar ações e operações na Bahia inclusive no próximo ano” afirma.
“Essa é a função do Ministério Público, não é perseguir, punir de forma indevida, mas sim buscar o combater o crime e favorecer a sociedade que anda correta”,
A prisão temporária do principal gestor, foi para viabilizar as provas, operação e andamento da mesma, isso está sendo avaliado pelo juiz e pela delegada Márcia Pereira. que conduz as investigações com o MP-BA”, finalizou. o promotor de justiça Cláudio Jenner.
Reportagem Luiz Santos e Ana Meire Dias
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