O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% na última década. os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgada pelo Ministério Público, apontam que cerca de 5,5% da população possuía a doença em 2006. Já no ano passado, esse número subiu para 8,9%. As mulheres são as que mais sofrem com o problema. O grupo passou de 6,3% para 9,9% nesse mesmo período, contra 4,6% e 7,8% registrados entre os homens.
O Diabetes tipo 2 é o mais comum e pode afetar as mulheres durante a gravidez. Quando o Diabetes é reconhecido pela primeira vez durante a gestação, chama-se Diabetes Mellitus Gestacional. Estima-se que 4% das gestantes são acometidas pelo problema no Brasil.
Sobre esta temática o Conectado News,entrevistou a Médica Endocrinologista Luana Machado Figuerêdo, que afirmou,"o índice de gestantes com Diabetes tem aumentado em Feira de Santana e no mundo por conta do aumento do sedentarismo e obesidade. Em 2020 no Hospital Estadual da Criança (HEC),na maternidade tivemos 306 gestantes e puérperas com Diabetes. Já em 2021 até setembro, a gente alcançou 326, ou seja temos 20 casos a mais em relação ao ano passado", conta a médica.
"É uma doença que tem aumentado a cada ano na população, como se associa a inúmeras complicações maternas e fetais, é importante ser reconhecida e tratada de forma rigorosa e precoce", recomenda.
Segundo Luana, os riscos para o bebê são inúmeros quando mãe sofre com a doença ", sendo que os mais frequentes são: crescimento fetal excessivo intra-uterino, também chamado de feto grande para Idade Gestacional(GIG), pode levar ao risco de quebrar o ombro na hora do parto, além disso os fetos podem apresentar malformação cardíacas, alterações neurológicas; distúrbios após o nascimento, como insuficiência respiratória e hepática e por isso pode precisar de UTI Neonatal, além de outras complicações maternas, como Eclâmpsia e pre-Eclampsia, infecção de ferida operatória entre outras, relata.
De acordo com médica, existe a possiblidade de morte intra-uterina do bebê: “O Diabetes causa morte súbita fetal, durante a gravidez, por isso temos que acompanhar de forma rigorosa os batimentos cardíacos fetais em todas as consultas, não só no pré-natal, mas também com o Endocrinologista, porque os fetos de mães que tem a doença têm o risco de morte súbita, mas com um controle glicêmico adequado, esse risco diminui ”, afirma Luana Figuerêdo.
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Ouça a entrevista com Endocrinologista Luana Machado Figuêredo
Reportagem Ana Meire Dias
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