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Justiça Caso Andrade

Médico acusado de matar colega em Feira aguarda decisão da justiça

A Justiça tem 20 dias para decidir se o médico Geraldo vai a júri popular ou será julgado em Vara comum

28/11/2021 07h07 Atualizada há 4 anos
Por: Fonte: Conectado News
 Foto: Reprodução/TV Subaé
Foto: Reprodução/TV Subaé

A Justiça tem 20 dias para decidir se o médico Geraldo Freitas Junior, investigado por matar o colega Andrade Lopes Santana, 32 anos, vai a júri popular ou será julgado em Vara comum. A primeira audiência de instrução foi realizada na sexta-feira (26), em Feira de Santana, seis meses após o crime, e durou mais de dez horas.

Cerca de 10 pessoas, entre testemunhas de acusação e defesa, foram ouvidas, das 9h às 20h, em uma das salas de audiência da Vara do Júri, no Fórum Desembargador Filinto Bastos. Geraldo também prestou depoimento e esteve acompanhado de três advogados.

Agora, a juíza responsável pelo caso, Márcia Simões Costa, aguarda as alegações do Ministério Público e da defesa do acusado para decidir sobre o júri, se será popular ou não.

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A prisão preventiva de Geraldo foi decretada há quatro meses. Antes de ser preso, o investigado chegou a registrar o desaparecimento da vítima na delegacia.

O médico Andrade Lopes Santana, de 32 anos, era natural do Acre, mas morava e trabalhava na cidade de Araci, no interior da Bahia. Ele desapareceu no dia 24 de maio, quando saiu com destino a Feira de Santana.

O corpo da vítima só foi encontrado quatro dias depois do desaparecimento, no Rio Jacuípe, que fica na cidade de São Gonçalo dos Campos, na mesma região. Andrade foi morto de costas, com um tiro na nuca. Uma âncora foi amarrada com uma corda no braço dele para que o corpo não emergisse das águas.

A motivação do crime ainda não foi definida, já que o investigado alegou em depoimento que não premeditou matar Andrade. Durante as investigações, a polícia informou que tem linhas de possíveis motivações, mas elas não foram reveladas para não atrapalhar o seguimento do caso.

Tiro foi acidental e não houve 'premonição'

O médico Andrade Lopes Santana, está desaparecido desde o dia 24 de maio, quando saiu de casa em direção à cidade de Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

A defesa de Geraldo Freitas informou ao g1, no mês de junho, que o médico investigado pelo crime teria dito que uma guia espiritual avisou que ele seria assassinado por dois colegas de profissão. O advogado revelou que a suposta guia em questão é a mãe do suspeito.

O advogado disse ainda que o cliente não tinha a intenção de matar. A polícia acredita que houve premeditação.

O delegado Roberto Leal, que investigou o caso, confirmou que a mulher teve um sonho meses antes do ocorrido e comentou com o filho, como um alerta, mas garantiu que isso não tem a ver com a morte de Andrade.

Investigações sobre CRM do suspeito

A Polícia Civil da Bahia também investiga se o médico Geraldo Freitas Junior usou o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) com nome de outra pessoa para atender pacientes na cidade de Santa Terezinha.

"Todo médico estrangeiro recebe uma autorização do Ministério da Saúde apenas para trabalhar no serviço Mais Médicos. Ele poderia trabalhar apenas nessa situação. Contudo, já há informações juntadas aos autos, de que ele, usando o CRM de outro médico, exerceu funções na cidade de Santa Terezinha. Nós estamos aprofundando as investigações e inclusive vamos ouvir o médico titular do CRM, para que ele esclareça mais sobre essa situação do médico investigado", explicou.

Suspeito estudou com vítima

Geraldo estudou medicina com Andrade, em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar.

Antes de ser apontado como suspeito do crime, Geraldo Freitas recebeu os familiares de Andrade, que saíram do Acre para acompanhar as buscas pelo corpo.

O homem também foi o responsável por registrar o desaparecimento do amigo na delegacia de Feira de Santana.

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Fonte G1

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