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Saúde Alienação parental

"São muitos impactos que a alienação parental pode causar na vida da criança”, afirma psicóloga

Psicóloga materno-infantil, Ravena Leite

11/08/2021 15h41 Atualizada há 4 anos
Por: Fonte: Conectado News
Foto Arquivo pessoal
Foto Arquivo pessoal

 

Luto, tristeza, medo e angústia, são alguns dos sentimentos ocasionados pela separação afetiva. Mas, nem todas as separações familiares terminam de forma amigável,  e os adultos que têm dificuldades em lidar com esse processo e acabam prejudicando os filhos. 

É nesse processo, que pode surgir um comportamento, considerado crime no Brasil, Alienação Parental, que é toda prática abusiva que interfere na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores quando repudiam um ao outro. 

De acordo com a psicóloga materno-infantil, Ravena Leite, quando ocorre a separação, a criança sofre um rompimento afetivo. “Para a criança, ficar sem contato com um dos genitores, porque o alienador está tentando romper os laços afetivos, é considerado um luto, porque ela deixa de ver aquela pessoa que via com muita frequência, então é como se aquela pessoa tivesse morrido”, conta.

Quando um casal decide que é o momento de se separar , é preciso ter uma série de cuidados para minimizar os impactos negativos em relação ao desenvolvimento dos filhos. “Quando falamos de separação dos pais, antes de acontecer a separação física de fato, já acontece uma separação emocional, no qual a criança passa a perceber que os pais não estão bem. Então a criança já começa a sentir  os impactos”, afirma Ravena em entrevista ao Conectado News.

*Impactos da alienação parental 

Os conflitos entres os pais, podem ocasionar uma relação de rivalidade, que podem interferir no relacionamento dos filhos com os pais.

Segundo a psicóloga, em estágio mais avançado, a criança pode ficar sem  querer ver o outro genitor. “Existem inúmeros comportamentos por trás dessa situação, a criança vai começar a apresentar ansiedade, apego com um dos genitores, depressão, medo, que podem ser manifestados com agressividade, problemas com aprendizagem. São muitos os impactos que a alienação pode causar na vida da criança”, esclarece. 

A alienação parental, é uma falta de respeito aos sentimentos da criança. “A mãe ou pai que tentam fazer com que o outro genitor seja visto como inimigo da criança. Fala mal, fala das condutas, fala coisas ruins, isso deixa a criança confusa no meio dessa situação”, relata Ravena.

*Responsabilidade afetiva

Para concluir, a psicóloga dá dicas de como agir com empatia com os filhos, durante um divórcio entre genitores. “Tentar fazer a separação da forma mais amigável possível, conversando com a criança, mesmo as crianças de 2, 3 anos, é necessário explicar para essa criança como é que vai ser todo o processo para que ela não fique ansiosa. Explicar com quem a criança vai morar, em quais momentos ela poderá ver o outro genitor que não vai está morando com ela”, orienta.

Responsabilidade afetiva é se responsabilizar pelos sentimentos e expectativas, colocar-se no lugar do outro, ser honesto e transparente . “Os pais devem pensar na saúde emocional dos filhos, se preocupar com o filho e não somente com a relação. Não falar mal do outro na frente da criança, se tiver que resolver alguma coisa, resolva em particular e evite ficar criticando o outro genitor na frente do filho”, concluiu a psicóloga Ravena Leite.

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Ouça entrevista completa  com a psicóloga Ravena Leite

Produção podcast Engledy Braga

Reportagem Luiz Santos e Engledy Braga

 

 

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