Feira:“70% dos pais não querem o retorno das aulas", diz membro do colegiado

As medidas decretadas pela prefeitura de Feira de Santana e governo estadual, referentes ao retorno às aulas semipresenciais das escolas da rede privada e estadual, dia 19 de julho e 26 de julho respectivamente, têm dividido opiniões dos pais, professores, alunos e sindicatos. 

As atividades escolares estão suspensas desde 2020 e o ano letivo de 2021 é realizado até o momento de forma remota. Com o avanço da vacinação e a queda no número de leitos da Covid-19, o retorno das aulas em meio a pandemia está decretado para acontecer. 

Nivaldo Gonçalves, membro do colegiado de pais do Colégio Estadual Teotônio Vilela, orienta que todos os pais não mandem seus filhos para escola nesse momento. “A gente não pode viver ameaçado, se não for para escola vai perder de ano, nós vivemos em uma democracia, aí é tirania. Enquanto não houver vacinação para todos, os alunos não devem retornar”, declara. 

Ainda segundo Nivaldo faltam funcionários e estrutura adequada para receber os alunos nesse período. “70% dos pais  dizem que não querem o retorno, 30% dizem que quer que retorne, mas para este retorno acontecer, o governo deveria ter antecipado a vacinação dos professores, pais, mestres e alunos”, acrescenta.

O Sindicato da Rede Particular de Ensino em Feira de Santana, o Ministério Público do Trabalho na Bahia e a Prefeitura de Feira de Santana, se reuniram na manhã de hoje (16), em uma audiência virtual para decidir o retorno às aulas particulares. 

Professor Jorge Luiz, diretor do Sindicato da rede Particular de Feira de Santana, relatou que na audiência foram apresentadas diversas propostas para um retorno seguro. “Que as aulas só sejam retomadas a partir do dia 02 de agosto, cumprindo ações de protocolos individuais que deverão ser apresentadas na Secretaria Municipal de Saúde. Uma comissão também deverá ser formada para fiscalizar se os protocolos estão sendo seguidos. As escolas só poderão retornar após apresentar os protocolos de segurança”, conta.

Reportagem Luiz Santos e Engledhy Braga