Terça, 28 de Outubro de 2025
(75) 99168-0053
Polícia Megaoperação

Megaoperação no Rio de Janeiro deixa mais de 50 mortos, diz governador

Confrontos nos complexos do Alemão e da Penha envolveram barricadas, disparos e uso de drones com bombas; veja vídeo

28/10/2025 14h25 Atualizada há 4 horas
Por: Mayara Naylanne
Fotos: Reprodução/ Redes sociais
Fotos: Reprodução/ Redes sociais

Uma megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, deixou 56 mortos nesta terça-feira (28), entre eles quatro policiais e 52 suspeitos, sendo dois da Bahia, segundo a Polícia Civil. Outras oito pessoas ficaram feridas, incluindo quatro moradores.

O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV) — 30 deles de fora do Rio — escondidos nos dois conjuntos de favelas, apontados como bases do projeto de expansão territorial da facção. Até o fim da manhã, 81 pessoas haviam sido presas e 42 fuzis apreendidos.

A operação, batizada de Contenção, mobiliza 2,5 mil agentes das forças de segurança e promotores do Gaeco/MPRJ. O governo estadual afirmou que o confronto representa “uma mudança no padrão de enfrentamento” contra as facções criminosas.

Durante a ação, traficantes usaram drones para lançar granadas contra equipes da Core e do Bope, em um cenário descrito como “típico de guerra”. Segundo o governador Cláudio Castro (PL), o Rio de Janeiro não tem mais condições de atuar sozinho no combate ao crime organizado.

“Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com Segurança Pública. É uma operação de Estado de Defesa. É uma guerra que está passando os limites de onde o Estado deveria estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa, que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio maior e até das Forças Armadas. O Rio está sozinho nessa guerra”, declarou Castro.

O governador afirmou ainda que pediu três vezes apoio de blindados da Marinha e do Exército, mas teve o pedido negado pelo governo federal. Integrantes da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que as falas de Castro têm tom político e indicam movimento antecipado para as eleições de 2026.

Entre os mortos estão dois policiais civis e dois agentes do Bope. Quatro moradores também foram atingidos, mas não correm risco de morte.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.