Uma onda de violência sem precedentes tem assustado os moradores da Grande Ilha de São Luís, no Maranhão. Desde o último domingo (19), ataques armados, homicídios e tiroteios vêm sendo registrados em diferentes bairros da capital e nas cidades vizinhas de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. A situação obrigou escolas e universidades a suspenderem as aulas e mudou completamente a rotina de quem vive na região.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), a escalada de violência está ligada a uma disputa entre facções criminosas pelo controle de áreas e rotas de tráfico. Em apenas cinco dias, sete pessoas foram mortas e mais de dez ficaram feridas, a maioria atingida por disparos de arma de fogo. As vítimas, com idades entre 17 e 43 anos, eram todas do sexo masculino.
O início dos ataques
Os primeiros episódios de violência começaram no domingo (19). Em São Luís, três pessoas foram mortas e outras três feridas em diferentes pontos da cidade — nos bairros Cidade Olímpica, Tibiri e Bairro de Fátima. Ao longo do dia, a Polícia Civil registrou homicídios e tentativas de homicídio em sequência, indicando que os crimes poderiam estar coordenados.
O ataque que intensificou o medo
Na quarta-feira (22), o clima de insegurança se agravou com um ataque a tiros no bairro Cidade Operária, onde um jovem de 19 anos, Eduardo Lemos Martins, foi morto e cinco pessoas ficaram feridas. As vítimas estavam na porta de um estabelecimento quando criminosos chegaram em um carro e abriram fogo. Eduardo foi atingido no tórax e não resistiu.
O ataque foi considerado o estopim da atual onda de violência. Após o crime, os suspeitos fugiram em direção à Cidade Olímpica, área que também vem registrando confrontos entre grupos rivais.
Disputa por território e alerta das autoridades
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Maurício Martins, o estado vive uma “guerra de facções” que se repete em todo o país.
“O Brasil precisa acordar para esse momento em que vivemos. As facções criminosas estão confrontando o Estado Brasileiro e nós não podemos aceitar”, afirmou o secretário em entrevista à GloboNews.
Martins defende mudanças na legislação penal para lidar com o poder crescente dessas organizações, que ele classificou como “ataques de natureza terrorista”.
Ataques em toda a Grande Ilha
Os crimes se espalharam por praticamente todos os municípios da Grande Ilha de São Luís. Na capital, os bairros mais atingidos são Cidade Olímpica, Cidade Operária, Liberdade, Vila Janaína, Vinhais, Monte Castelo, Vila Vitória e Vila Palmeira. Em São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, também há registros de tiroteios e homicídios.
Investigação e clima de tensão
As forças de segurança estaduais estão realizando operações conjuntas para tentar conter os ataques. Até o momento, não há confirmação se todos os crimes têm ligação direta entre si. A Polícia Civil investiga a origem e a motivação de cada caso.
Enquanto isso, o clima é de medo e apreensão entre os moradores, que relatam ruas vazias, comércios fechando mais cedo e transporte público circulando com restrições. A população teme novos ataques e cobra reforço policial permanente nas áreas mais afetadas.
Com informações do G1 Maranhão
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