Moradores denunciam construções irregulares em áreas verdes de condomínios do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana

Moradores dos condomínios Videiras, Figueiras e Mangabeiras, localizados na Avenida Iguatemi, bairro Mangabeira, em Feira de Santana, procuraram a reportagem para denunciar a realização de construções irregulares em áreas consideradas verdes dentro dos conjuntos habitacionais.

Por medo de represálias, os denunciantes pediram para não serem identificados, mas relatam que as obras vêm acontecendo “à vista de todos”, sem fiscalização efetiva da prefeitura ou da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR).

“Já tentaram fazer isso há cerca de três anos, e na época a prefeitura chegou a derrubar as construções irregulares. Agora estão voltando, e as obras estão ainda maiores. Estão fechando até o espaço onde fica a casa do lixo. Não são pessoas necessitadas, são comerciantes e até moradores do próprio condomínio”, afirmou um denunciante.

Os moradores pedem uma ação urgente da SEDUR e da Prefeitura Municipal, temendo a ocupação definitiva das áreas verdes, que são de uso comum dos conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

“Será que vão deixar tomarem conta dessas áreas que deveriam ser preservadas? Por que ninguém tomou providências ainda?”, questiona outro morador.

O que diz a SEDUR

Procurado pela reportagem, o secretário de Desenvolvimento Urbano de Feira de Santana, José Braga da Silva Netto, afirmou que a secretaria tem conhecimento das denúncias, mas que enfrenta dificuldades para localizar os responsáveis no momento das fiscalizações.

“Já fizemos várias diligências no local, mas o problema é que não encontramos ninguém para notificar. Encaminhamos um ofício à Secretaria de Habitação para saber se há algum zelador ou síndico nesses empreendimentos, para que possamos entrar em contato e formalizar as notificações”, explicou o secretário.

Braga reforçou ainda o pedido para que os moradores colaborem com informações mais detalhadas.

“Estamos acolhendo as denúncias e queremos agir corretamente. Se alguém souber quem são as pessoas responsáveis pelas construções, que nos informe, pois nunca conseguimos encontrá-las durante as fiscalizações”, concluiu.