O Ministério Público do Estado da Bahia realizará, no dia 10 de outubro, na sede da Instituição, em Nazaré, a oitava ‘Conferência Tecnologia e Infância’, reunindo especialistas, gestores públicos e representantes da sociedade civil para debater os desafios e as estratégias de proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. O evento será aberto com a apresentação do protocolo “Eu Te Vejo”, iniciativa da Vara da Infância e Juventude e do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O projeto busca conscientizar escolas, famílias e o sistema de Justiça sobre as causas e formas de enfrentamento da violência, promovendo um ambiente escolar mais acolhedor, inclusivo e respeitoso.
A Conferência ocorre em um momento de alerta e de urgência na proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. Segundo dados divulgados pela SaferNet Brasil, em agosto, das 76.997 denúncias anônimas de violações de direitos humanos e outros crimes no ambiente digital, registradas em 2025, 60% estão relacionadas a abuso e exploração sexual infantil — um total de 49.336 registros apenas entre janeiro e julho.
O evento integra as ações do Plano em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes no Ambiente Digital, realizado pelo Ministério Público da Bahia, por meio do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caixa). O plano tem atuação transversal, multissetorial e integrada, envolvendo a rede de proteção e o Sistema de Justiça.
Entre os resultados já alcançados estão a implantação da disciplina ‘Cidadania Digital’ em 15 municípios baianos — com previsão de expansão para outros sete —, a realização anual da Conferência Tecnologia e Infância e a conquista do segundo lugar na categoria Saúde, Educação, Infância e Juventude do Prêmio CNMP 2025, consolidando-se como espaço de reflexão e mobilização social.
Os debates também serão norteados pelos dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, que revelou que 93% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos no país usam a internet e que quase 3 em cada 10 relataram ter vivido situações ofensivas online. O estudo também aponta contato frequente de jovens com desconhecidos e episódios de discriminação nas redes, reforçando a importância de políticas públicas e educativas de proteção digital.
A programação da conferência contará também com painéis e mediações de especialistas, como o psicólogo Alessandro Marimpietri, especialista no atendimento de crianças e adolescentes, a promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi, coordenadora do Caoca e patrocinadora do Plano de Ação em defesa dos direitos de crianças e adolescentes no ambiente digital; além de Juliana Cunha, diretora da Safernet Brasil.
Fonte Ascom
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