Durante visita a Feira de Santana nesta segunda-feira (1º), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e criticou declarações de aliados do ex-mandatário.
Rui destacou que, como democrata e defensor do Estado de direito, acredita que qualquer pessoa tem o direito de se defender diante de acusações. “Todas as pessoas têm o direito de se defender quando são acusadas. Cabe à Justiça e ao Ministério Público analisar as provas e decidir se essa pessoa é inocente ou culpada”, afirmou.
O ministro também criticou a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que disse que anistiaria Bolsonaro caso fosse eleito presidente. “Se ele fala em anistiar, é porque já considera o ex-presidente culpado e condenado. É curioso, porque normalmente governadores anunciam hospitais, escolas, geração de empregos. Ele anuncia anistia de alguém que nem foi julgado ainda. Acho esquisito trazer esse tema para a política, quando deveria permanecer no âmbito da Justiça criminal”, disse.
Rui Costa ainda refletiu sobre o período do governo Bolsonaro, que, segundo ele, teria incentivado atos violentos e comportamentos radicais no país. “Infelizmente, aquele período destampou a tampa da crueldade e da loucura no Brasil. Coisas que não aconteciam, como ameaças de explosão na Esplanada, passaram a acontecer. Isso deu vazão a atitudes que antes não apareciam no país”, comentou.
O ministro também fez críticas à postura de um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. “Em vez de estar aqui reunindo material para defender o ex-presidente, ele decidiu viver nos Estados Unidos, recebendo salário pago pelo povo brasileiro, e de lá tenta atacar empresas nacionais, destruir a economia e empregos do Brasil. Nunca vi algo parecido em outro país”, afirmou.
Por fim, Rui Costa reforçou que não cabe a ele julgar. “Não quero condenar ninguém. Não sou juiz nem promotor. Cabe ao Judiciário, com as provas que tem, fazer esse julgamento. Eu apenas defendo que o processo siga dentro da legalidade e do Estado de direito”, concluiu.
Por: Mayara Nailanne
Mín. 18° Máx. 24°
Mín. 18° Máx. 25°
Chuvas esparsasMín. 17° Máx. 26°
Chuvas esparsas