Fonte: G1 Bahia
Um homem foi preso suspeito de se passar por um chefe de uma facção criminosa para extorquir dinheiro de vítimas em Santo Antônio de Jesus (BA), no Recôncavo da Bahia, na quinta-feira (21).
Conforme a Polícia Civil, o suspeito entrava em contato com as vítimas, informava que sabia o endereço delas e exigia uma grande quantia em dinheiro para que as ameaças parassem ou para que fosse garantida a segurança de familiares.
O crime é semelhante ao aplicado em moradores e comerciantes de Coração de Maria, a cerca de 30 km de Feira de Santana. Conhecido como “golpe da facção”, suspeitos tem se passado por integrantes de organizações criminosas para extorquir dinheiro dos moradores da cidade. Já são pelo menos 10 vítimas. A Polícia não confirma se o homem preso em Santo Antônio de Jesus tem relação com os crimes de Coração de Maria.
O suspeito preso na quinta-feira também já foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo, informou a PC. A prisão aconteceu através de equipes da 4ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) e 1ª Delegacia Territorial (DT) de Santo Antônio de Jesus. O homem foi levado à delegacia onde segue à disposição da Justiça.
A investigação, liderada pelo delegado Idelfonso Monteiro, aponta que as ligações provavelmente partem de presídios da região. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Conjunto Penal de Feira de Santana para localizar celulares usados nos golpes. Além de indivíduos, os criminosos também visam estabelecimentos comerciais, exigindo “taxas de proteção” e cobrando valores cada vez maiores após o primeiro pagamento.
A tática dos golpistas começa com a coleta de dados pessoais das vítimas em redes sociais. Armados com essas informações, eles fazem o contato e impõem as ameaças, cobrando quantias para evitar supostas represálias. Uma das vítimas comerciantes teve um prejuízo de mais de R$ 2 mil em um único golpe, o que demonstra a capacidade desses criminosos de causar grandes perdas financeiras.
Diante da onda de crimes, a Polícia Civil reforça a importância de não ceder às ameaças e, sobretudo, de não realizar nenhum pagamento. A orientação é clara: se receber uma ligação do tipo, a vítima deve gravar a conversa ou registrar prints das mensagens e procurar imediatamente a polícia para formalizar um boletim de ocorrência. Documentar o crime é essencial para ajudar as autoridades a identificar e capturar os responsáveis.
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