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Polícia Previdência Social

Polícia Federal deflagra operação contra venda de dados de beneficiários da Previdência Social

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão, em Cruz das Almas/BA.

20/08/2025 08h44
Por: Mayara Naylanne
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

A Polícia Federal, em parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Previdência Social, deflagrou na manhã desta quarta-feira (20) a Operação Truth, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida na comercialização de dados sigilosos pertencentes aos bancos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

As investigações tiveram início há cerca de 10 meses, quando foi identificado um grupo de pessoas na Bahia que comercializava, por meio de páginas na internet, cadastros e dados pessoais de titulares de benefícios previdenciários.

O esquema criminoso tinha como foco a venda de informações sobre benefícios negados pelo INSS — listas contendo centenas de números de benefícios, CPFs e outros dados de segurados. O público-alvo eram advogados interessados em impetrar recursos ou ajuizar ações para reverter indeferimentos. Além disso, as listas também eram vendidas a empresas de crédito consignado, que utilizavam as informações para oferecer serviços a beneficiários ativos.

Durante as apurações, a PF constatou que os suspeitos não apenas criavam páginas para comercializar os “pacotes de informações”, mas também produziam vídeos com instruções para falsificação de documentos, incentivando possíveis fraudes contra a Previdência Social.

O nome da operação faz referência ao título da página utilizada pelos investigados, que já foi desativada.

Nesta fase, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Cruz das Almas (BA), direcionados a pessoas responsáveis pelos sites. Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para identificar outros membros do grupo, bem como a origem do acesso aos dados sigilosos do INSS.

O crime de divulgação de dados sigilosos ou reservados da Administração Pública prevê pena de até quatro anos de detenção.

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