A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (7), uma operação em Feira de Santana com foco no combate a fraudes bancárias. Um policial civil feirense e um gerente do Banco Bradesco foram alvos da ação, que é desdobramento de uma investigação iniciada em maio de 2024.
De acordo com o delegado Fábio Marques, responsável pela operação, os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias, que utilizava documentos falsificados para abrir contas em nome de terceiros. A partir dessas contas, eram contratados empréstimos que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, sem qualquer intenção de quitação. Na primeira fase da investigação, a Polícia Federal estimou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão à Caixa Econômica Federal, somente em Feira de Santana.
As análises dos celulares apreendidos revelaram a participação de novos envolvidos no esquema, incluindo o policial civil e o gerente da instituição financeira privada. Ambos estariam atuando em parceria com os fraudadores, facilitando a abertura das contas ilegais e fornecendo informações sigilosas.
Na ação desta quinta-feira(7), foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, quatro mandados de busca e apreensão e a medida de afastamento do gerente bancário de suas funções. Durante o cumprimento do mandado na casa do policial civil, os agentes encontraram uma quantidade de substância análoga à cocaína. A droga foi apreendida e o policial conduzido à delegacia da Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. A própria esposa do suspeito, segundo o delegado, confirmou que ele atuava na venda da substância.
Ainda segundo Fábio Marques, a investigação teve início em Feira de Santana após a Caixa Econômica Federal comunicar a existência de uma conta aberta com documentos falsos. A quebra do sigilo bancário permitiu rastrear os recursos e identificar outras 20 contas abertas fraudulentamente. Algumas dessas contas estavam vinculadas a agências em Brasília, ampliando o escopo da investigação.
Além da Caixa, a PF identificou fraudes também no Banco Santander e no Banco Bradesco. Os valores desviados nessas instituições ainda estão sendo levantados. A investigação segue em andamento com análise do material apreendido nesta nova fase.
O delegado explicou ainda que operações da Polícia Federal costumam ocorrer às terças e quintas por questões logísticas, especialmente quando envolvem deslocamentos de equipes de outras cidades. Ele destacou que Feira de Santana passou recentemente a contar oficialmente com uma delegacia da PF, o que deve melhorar a atuação operacional na região.
“A investigação continua. A partir da análise do material apreendido hoje, vamos definir se será necessário desdobrar a operação em novas fases”, concluiu o delegado Fábio Marques.
Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne
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