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Justiça Progressão de Pena

Condenado por matar a própria filha, Alexandre Nardoni tem emprego com salário de 2.500 após regime de progressão de pena

Para manter Alexandre Nardoni fora da cadeia, Justiça havia determinado que condenado apresentasse emprego lícito em até 90 dias

10/06/2024 16h50 Atualizada há 1 mês
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Reprodução
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Condenado a 30 anos de prisão por matar a própria filha, Alexandre Nardoni, 45, apresentou à Justiça sua nova ocupação profissional um mês após conseguir progressão de regime e sair da cadeia. Ter um emprego em até 90 dias era uma exigência do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para manter Nardoni nas ruas. Para cumprir a condição, ele abriu uma microempresa individual (MEI) e apresentou um contrato de prestação de serviços com a construtora do pai.

Segundo o documento, ao qual a reportagem teve acesso, Nardoni vai receber remuneração de R$ 2,5 mil e trabalhar em formato híbrido (presencial e remoto), com direito a expediente mais curto às sextas-feiras – modalidade conhecida como “short friday”.

O contrato descreve que ele vai atuar como “promotor de vendas de apartamentos novos e usados”. Entre as funções, também prevê “supervisão e acompanhamento de obras novas ou já finalizadas” para “eventuais correções e reparos”.

A vigência do acordo entre a microempresa de Nardoni e a construtora do pai, ambas com sede em Santana, na zona norte da capital paulista, teve início na sexta-feira (7/6).

“Esse instrumento poderá ser rescindido por qualquer das partes a qualquer momento, através de carta protocoloda, e-mail ou qualquer forma de comunicação, desde que com antecedência mínima de 30 dias”, diz o documento.

Segundo o contrato, a prestação de serviço vai acontecer de segunda a quinta-feira, das 8h às 18h. Já às sextas, o expediente acaba uma hora mais cedo, às 17h. A mulher de Nardoni, Anna Carolina Jatobá, também condenada pelo assassinato de Isabella, foi testemunha do documento firmado entre ele e a empresa do pai.

Condenado

Alexandre Nardoni é condenado por matar a própria filha, Isabella, de apenas 5 anos, que foi agredida e jogada de uma janela, no sexto andar de um prédio da zona norte de São Paulo, em 2008. Levado a júri popular, foi considerado culpado dois anos depois. Ele nega ter cometido o crime até hoje e prepara ação para tentar anular sua condenação.

Preso desde a época do crime, Nardoni conseguiu reduzir 990 dias da sua sentença por trabalhar e participar de programas educacionais na cadeia. Entre os empregos, atuou na faxina e na jardinagem da prisão.

O condenado pelo homicídio da filha foi solto na tarde do dia 6 de maio. Na ocasião, a Justiça concedeu a progressão para o regime aberto. O exame criminológico foi favorável à soltura do condenado. Na decisão, o magistrado registrou que Nardoni “mantém boa conduta carcerária, possui situação processual definida, cumpriu mais de metade do total de sua reprimenda, encontra-se usufruindo das saídas temporárias, retornando normalmente ao presídio”.

Fonte: Metropoles

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