Sábado, 27 de Julho de 2024
(75) 99168-0053
Feira de Santana Futricando

Feira: Vivo se manifesta após escândalo de assédio moral de supervisor de call center vir à tona

Em contato com o Conectado News, a Vivo lamentou o ocorrido e disse estar apurando o caso.

01/04/2024 15h05 Atualizada há 4 meses
Por: Futricando
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A operadora Vivo S.A, produto da empresa de call center Atento S/A, localizada em Feira de Santana, se manifestou na tarde desta segunda-feira (1) após um escândalo de assédio moral, partindo de um supervisor contra funcionários, vir à tona por meio de uma denúncia. Inicialmente a reportagem foi publicada pelo Midia Ninja FSA, uma página do Instagram, e publicada em seguida pela coluna Futricando, do Conectado News.

Em contato com o Conectado News, a Vivo lamentou o ocorrido e disse estar apurando o caso.

Leia a nota na íntegra:

A Vivo lamenta o ocorrido e informa que repudia veementemente todo e qualquer ato de discriminação. Tão logo tomou conhecimento desta postagem, a Vivo contatou a prestadora de serviços mencionada, para melhor apuração do relatado e adoção das medidas contratuais cabíveis.

Vivo S.A

Entenda o caso:

Uma forte denúncia de assédio moral no trabalho contra um supervisor de call center em Feira de Santana movimentou a internet no final de semana. Na noite de sábado (30), a página Mídia Ninja FSA divulgou prints mostrando um membro do cargo de liderança da empresa ameaçando a equipe de punição caso o trabalho em abril não fosse como ele desejasse.

Em relato num grupo oficial de operadores do call center, o supervisor escreve em caixa alta, com erros ortográficos, um texto afirmando que, caso as metas não sejam batidas, ele será "a pior pessoa" para a equipe.

"Todo tratamento da minha parte será baseado no comportamento de vocês, então acatem sempre o que peço e não teremos problemas nenhum no decorrer do mês de abril, caso contrário, eu serei a pior pessoa pra vocês", diz.

Num outro print, ele diz que vai acompanhar as pausas dos colaboradores. De acordo com uma funcionária em contato com o Conectado News, essa pausa serve para ir ao banheiro, e é garantida por lei. O supervisor afirma que procuraria qualquer motivo para forçar um desligamento. "Diariamente estamos como ofensores do resultado. Não é por falta de cobrança. Eu fico o tempo todo batendo com vocês sobre esse indicador. Hoje eu vou ficar o dia inteiro no pulse, olhando as pausas de vocês", diz ele.

Revoltados com a situação, muitos ex-funcionários, pessoas influentes na cidade de Feira de Santana, e que conhecem a metodologia de pressão psicológica abordada por diversos supervisores na referida empresa, se manifestaram. "Esse supervisor é apenas um de vários. A política de pausas para uso do banheiro, imposta pelos supervisores, é inaceitável e desumana. O direito básico de ir ao banheiro durante o expediente não deveria ser questionado ou controlado de forma tão rigorosa. Essa prática é desrespeitosa com os colaboradores", disse o bacharel em direito Lucas Fiuza.

"Só mais um supervisor opressor. Essa tal empresa todos os supervisores são opressores, exceto alguns", disse uma mulher na publicação. "Existem vários outros supervisores que utilizam o abuso moral com o operadores, uns chegam até fazer ameaças, incentivam a gente enganar clientes para vendermos e gerar lucro para eles, ameaçam a gente afirmando que estão monitorando as ligações e se não tiver no parâmetro que eles desejam, somos suspensos até dois dias", disse uma funcionária em denúncia anônima.

"Vários atendentes estão procurando auxílio médico por causa do psicológico e também as constantes crises de enxaqueca", disse outro colaborador. "[Supervisor] persegue, grita e humilha as pessoas na frente de todo mundo", denúnciou mais um. "Desenvolvi ansiedade e tive início de depressão por conta da supervisora. Cobraças inalcançáveis, ligava pra mim no meio de um atendimento com um cliente, imitava minha voz. Ela mandava mensagem e eu tremia só de imaginar o que viria", ainda comentou uma funcionária.

Esses são apenas alguns dos relatos. Na página, mais de 300 denúncias já foram feitas após divulgação do caso.

Veja também: Supervisor de call center é acusado por funcionários de assédio moral a equipe em Feira de Santana; Vivo diz que vai se pronunciar

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.